Café JC: Ação Social discute condição de pessoas em situação de rua

Adriel Arvolea

A diretora do Sistema Único de Assistência Social, Sônia Maria Catel Gerner, e a secretária de Ação Social, Luci H. W. Ferreira
A diretora do Sistema Único de Assistência Social, Sônia Maria Catel Gerner, e a secretária de Ação Social, Luci H. W. Ferreira

Chama a atenção em Rio Claro o número de pessoas em situação de rua, que circulam, principalmente no Jardim Público, antiga estação ferroviária e imediações do Terminal Rodoviário. Há os que defendam a retirada das mesmas desses pontos. No entanto, a legislação garante o direito de ir e vir para todo cidadão. Desta forma, que políticas públicas contemplam essa parcela da população? A secretária Municipal de Ação Social, Luci Helena Wendel Ferreira, e a diretora do Sistema Único de Assistência Social (Suas), Sônia Maria Catel Gerner, trazem uma reflexão do assunto e desta realidade no município.

Jornal Cidade – Quais são as estratégias da Secretaria Municipal de Ação Social frente ao fenômeno da população de rua?
Luci Helena Wendel Ferreira – Nossas ações têm um viés grande no social. Seguimos a política nacional na busca ativa por essas pessoas, visando o diálogo, a aproximação, a confiança e o contato. Trabalhamos de forma intersetorial, ou seja, há a adesão de outras secretarias e órgãos públicos que contemplam o trabalho. Elas têm o direito de ir e vir, e a Ação Social não trabalha com um conceito Higienista de fazer uma ‘limpeza’ para retirá-las da rua.

JC – Como se dá a aproximação com essas pessoas?
Luci Helena Wendel Ferreira – Por meio do Cras (Centro de Referência da Assistência Social), primeiramente, busca-se conhecer o indivíduo, saber de suas necessidades e colaborar para que volte às suas famílias. No entanto, há quem queira continuar mesmo na rua, até por uma questão de adaptação e pelos vínculos que cria na rua .

JC – Quais as dificuldades do trabalho?
Luci Helena Wendel Ferreira -Nossas equipes de busca ativa estão todos os dias nas ruas, das 6h às 17h. Um trabalho que tem surtido efeito, mas que não dá para mostrar às pessoas, demonstrar isso, porque é um trabalho de diálogo diretamente com o indivíduo na rua.

JC – Em números, qual a população de rua em Rio Claro?
Luci Helena Wendel Ferreira – Nos nossos cadastros temos 20 moradores de rua e 80 em situação de risco. Estes por causa, na maioria, das drogas.

JC – Diariamente, observa-se maior concentração desse público no Jardim Público, Terminal Rodoviário e antiga estação. A Ação Social já tentou uma aproximação?
Sônia Maria Catel Gerner – Sim, porque são pontos utilizados como dormitório. Nossa equipe de abordagem vai até o local para verificar a real situação. Na própria rodoviária, temos um trabalho: assim que a pessoa chega, é abordada e buscamos saber sua condição. Às vezes, é alguém com problema psiquiátrico, que se perdeu ou migrante itinerante. São pessoas que merecem todo nosso respeito, por isso reforço o trabalho intersetorial.

JC – De que forma a população pode colaborar para não incentivar a permanência desses indivíduos nas ruas?
Luci Helena Wendel Ferreira – Basicamente, não dar esmolas e não incentivá-los a continuarem nessa situação. Há pessoas que passam e dão algum alimento, ou vizinhos que os ajudam de alguma maneira. Com isso, recebendo ajuda, torna-se cômoda a situação.

JC – Em Rio Claro, qual o perfil dos moradores/situação de rua?
Luci Helena Wendel Ferreira – Em sua maioria, são do sexo masculino, entre 20 e 40 anos. Mulheres é uma proporção mínima. Devido ao medo e riscos de se viver nas ruas, elas não andam em grupo e têm um comportamento diferenciado, com menos exposição.

JC – Das abordagens realizadas pela secretaria nas ruas, qual a justificativa dessas pessoas que as levaram a viver nessas condições?
Sônia Maria Catel Gerner – Desestrutura familiar é o principal motivo. Fim do casamento, morte de algum ente ou briga são fatores que evoluíram para essa situação. Em Rio Claro, temos ex-médicos e ex-engenheiros vivendo nas ruas.

JC – Neste trabalho, qual o limite da Ação Social?
Sônia Maria Catel Gerner – Hoje, a Secretaria de Ação Social é uma política pública, e não assistencialismo. Oferecemos uma rede de serviços para trabalhar a prevenção e auxiliar a pessoa em situação de vulnerabilidade social, a fim de que haja recuperação da mesma. São parcerias com entidades e programas sociais que compõem o trabalho. Em meio a tudo isso, há muito diálogo para que as coisas aconteçam em sua plenitude.

JC – Não basta tirá-las das ruas, e sim oferecer ajuda para que tenham um direcionamento junto à sociedade. Isso acontece?
Luci Helena Wendel Ferreira – O Cras é a porta de entrada para a Secretaria de Ação Social. Após serem avaliadas e passarem pelo serviço, temos disponíveis o Centro Público de Economia Solidária, a Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Materiais Reaproveitáveis de Rio Claro , Centro de Qualificação Profissional, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), entre tantos outros programas para atendê-las.

Conselho Tutelar tem eleição unificada

Vivian Guilherme

CMDCA de Rio Claro luta para que o município tenha uma segunda unidade do Conselho Tutelar
O mandato é de quatro anos, sendo possível uma reeleição

Pela primeira vez a eleição para conselheiros tutelares será unificada em todo Brasil. Em algumas cidades como Rio Claro, Ipeúna, Itirapina e Analândia, o processo já começou, apesar de a eleição acontecer apenas em outubro.

Segundo Luiz Carlos Lauriano Jardim, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Rio Claro (CMDCA), o processo inicia com antecedência devido às várias fases do processo, que englobam envio de documentação, prova, curso de capacitação e eleição. O mandato é de quatro anos, sendo possível uma reeleição.

Jardim ressalta a importância do trabalho do conselheiro tutelar, que tem por ofício auxiliar e contribuir com o bem estar de jovens e adolescentes. “O conselheiro tutelar entra na hora que a criança ou adolescente está sendo vítima de abuso, ou não está tendo acesso a seus direitos garantidos”, observa.

Em fevereiro deste ano, o trabalho dos conselheiros tutelares ganhou ainda mais visibilidade depois da morte de três profissionais em Pernambuco. O motivo seria porque a avó paterna perdeu a guarda de uma criança.

Jardim comenta que a profissão requer muita dedicação e a vontade de fazer valer os direitos da criança. “É preciso amor à causa”, afirma o presidente do CMDCA, lembrando que há situações de enfrentamento, mas que em Rio Claro fatos como o vivenciado em Pernambuco são menos prováveis.

Sobre a ação do Conselho Tutelar na cidade, Jardim comenta que atualmente são cinco conselheiros, número muito abaixo do necessário. De acordo com informações, cidades com até 100 mil habitantes devem contar com um Conselho, de 101 a 200 mil – dois Conselhos, de 201 a 300 mil habitantes – três Conselhos e, assim, subsequentemente.

“Rio Claro já deveria estar pensando em um terceiro Conselho Tutelar e não tem nem o segundo”, aponta Jardim, lembrando que a Prefeitura já foi procurada diversas vezes para resolver a situação. “A Prefeitura afirma que não tem recurso para montar mais um”, diz.

Rio Claro 

Os registros das candidaturas para conselheiro tutelar em Rio Claro, podem ser feitas na Casa dos Conselhos, na Avenida 1, esquina com a Rua 9, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, até o dia 29 de maio. Os candidatos devem comprovar requisitos exigidos em edital disponível no site da Prefeitura de Rio Claro e Diário Oficial do município. Os conselheiros exercem atividades em dedicação exclusiva, com carga horária de 40 horas semanais. O valor dos vencimentos é de R$2.690,10.

Compensação ambiental: para cada árvore removida, 25 devem ser plantadas

Carine Corrêa

Remoção de árvore comoveu moradores do Vila Paulista. Mesmo com medida compensatória, população desaprovou retirada
Remoção de árvore comoveu moradores do Vila Paulista. Mesmo com medida compensatória, população desaprovou retirada

A compensação ambiental viabiliza o financiamento de projetos que promovem a conservação e preservação ambiental, cuja importância é central para buscar garantir a manutenção e o equilíbrio do meio ambiente”. A importância da medida foi descrita pela bióloga Maíra Arantes Leite Wick, mestre em Educação Ambiental pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro.

O que muitas pessoas não sabem é que, assim como em outros municípios, Rio Claro dispõe de uma lei municipal específica para a compensação ambiental. A legislação determina que sejam plantadas 25 árvores para cada uma que for removida. O órgão responsável pela aplicação da medida, acompanhamento e fiscalização é a Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema).

A lei prevê que o munícipe que fará a remoção de árvores nativas, apresente um projeto á pasta. No documento, ele deve detalhar o local em que fará o plantio como compensação ambiental. “A prefeitura analisa e aprova ou não o projeto”, diz a Prefeitura de Rio Claro via assessoria de imprensa.

O poder público ainda explica que há procedimentos de compensação ambiental de áreas particulares que variam de acordo com o tipo de utilização de cada área particular que possuem as árvores nativas a serem sacrificadas (comercial, industrial, residencial, etc). O tempo que leva para o processo de replantio bem como o não cumprimento previsto em lei, varia de acordo com cada caso, segundo a prefeitura. A área onde será feito o replantio é apontada pelo solicitante e avaliada pela Secretaria de Meio Ambiente.

Áreas públicas não estão isentas da compensação. Independente de ser particular ou pública, a compensação deve ser sempre aplicada quando há remoção de mata nativa. O replantio não é feito apenas, quando é constatado algum tipo de risco. “Não é o caso das recentes remoções de árvores no Jardim Público, que apresentavam alto risco de cair”, justifica a municipalidade.

A compensação, “compensa”?

A remoção de uma árvore de grande porte mobilizou moradores do bairro Vila Paulista no início do mês de março deste ano. Na contramão da visão do progresso pela urbanização, os moradores ficaram comovidos principalmente pela retirada da árvore conhecida como Santa Bárbara.

O cultivador de orquídeas Humberto Epiphanio – médico otorrinolaringologista que faleceu aos 75 anos no último dia 11 – foi um dos moradores que se posicionou contra a derrubada do exemplar. Na ocasião, disse estar “triste ao ver uma árvore que demorou dezenas de anos para crescer, ser derrubada em questão de minutos”. O falecido orquidófilo disse na oportunidade, que a árvore fazia a melhor sombra daquele quarteirão. O exemplar estava plantado há anos em um terreno situado na Avenida P-35 com a Rua P-3. A área verde em questão será substituída por um empreendimento.No terreno havia ainda uma espécie de bambu.
Na época, a Prefeitura havia confirmado um pedido de autorização para corte de árvores naquela área e que a autorização havia sido concedida mediante a compensação ambiental. O corte estava autorizado mediante o plantio de mudas em outro local pelo proprietário do imóvel, como medida compensatória.

Outras alternativas

De acordo com Demóstenes Silva Filho, professor de silvicultura urbana da Esalq-USP, é possível transportar árvores. O sistema consiste no corte das raízes da planta, içando-a com um guindaste e levando a galhosa para sua casa nova. Esse processo pode ser feito com árvores pequenas e de grande porte.

Imprudências no trânsito crescem em Rio Claro

Adriel Arvolea

Região de Rio Claro registrou aumento de 62% nos casos de homicídio culposo por acidente de trânsito
Neste ano, somam-se 329 ocorrências. Em igual período do ano passado, 322 (Foto: Arquivo JC)

Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam que no primeiro trimestre de 2015 houve sensível aumento no número de casos de lesão corporal culposa por acidente de trânsito em Rio Claro. Neste ano, somam-se 329 ocorrências. Em igual período do ano passado, 322.

A lesão corporal culposa por acidente de trânsito caracteriza-se por causar ofensa física ou à saúde de alguém por imperícia, imprudência ou negligência no trânsito. Falta de atenção ao volante e inobservância às regras e à sinalização são os principais problemas verificados na cidade.

De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, José Maria Chiossi, os números citados mostram, na verdade, que a situação manteve-se estável em 2015, considerando-se que a frota de veículos aumentou durante o período. “Para ter ideia, o número total de acidentes em março de 2013 chegou a 273, enquanto em março de 2014, quando foram instalados os radares, este número caiu para 219, o que comprova que a fiscalização eletrônica dá bons resultados”, avalia o secretário.

Na tentativa de minimizar os impactos à segurança de pedestres e condutores, a Polícia Militar de Rio Claro realiza ações de prevenção, orientando e reforçando os comportamentos no trânsito. “Efetuar revisões periódicas no veículo; não dirigir após ingestão de bebidas alcoólicas; sempre utilizar cinto de segurança; estar atento à direção; manter distância de segurança em regra de dois segundos do veículo da frente; adaptar a velocidade às condições de segurança; evitar freadas ou mudanças bruscas de direção; não revidar as provocações no trânsito são orientações que destacamos para a segurança no trânsito”, reforça.

Buracos tomam conta da Tancredo Neves

Adriel Arvolea

Buracos aparecem em toda a extensão da Tancredo Neves
Buracos aparecem em toda a extensão da Tancredo Neves

As obras antienchente do Inocoop foram entregues em dezembro de 2013, bem como a nova configuração viária daquela região. Com a implantação de novos trechos de pavimentação asfáltica, calçadas, guias, sarjetas e bocas de lobo, placas de trânsito e sinalização de solo, o trânsito passou a oferecer mais segurança para motoristas e pedestres.

Com a inauguração do novo trecho, moradores da zona sul, entre eles do Jardim da Palmeiras, Brasília, Guanabara, Terra Nova e Nova Rio Claro, deixaram de utilizar a Estrada dos Costas para acessar vias como a Visconde do Rio Claro e a Rua 14. Com isso, aumentou o fluxo de veículos e, em menos de dois anos, o asfalto já apresenta falhas.
Há buracos e deformidades na vida dupla, espalhados no trecho. Próximo ao calçamento, o asfalto está se desfazendo e com ondulações. O munícipe Ronaldo Marioto questiona a qualidade do serviço. “A extensão da via, dos dois lados, tem falhas. O asfalto implantado no trecho é de qualidade duvidosa”, avalia Marioto.
Também, o acesso recebeu equipamentos de energia solar fotovoltaica. O sistema funciona com baixo custo e não tem custos para a municipalidade. No entanto, desde sua instalação em maio de 2014, as luminárias solares apresentam falhas. De 42 pontos, no máximo, dez funcionam em boas condições. Os demais acendem parcialmente ou nem funcionam.

A implantação do sistema se estende por 1.200 metros e está inserida no contexto de ações complementares de urbanismo e paisagismo que acompanharam as obras para o fim das enchentes do bairro Inocoop. “Nos dias de sol, o sistema funcionava até às 2 horas. Nos dias nublados, a iluminação era mantida até às 23 horas”, aponta o munícipe Cláudio Lima.

Segundo reclamações recebidas pelo Jornal Cidade, o sistema não é funcional. “Já houve a troca de luminárias e placas com defeito, mas o problema persiste. Posso garantir que, ao menos, 50% das lâmpadas não estão funcionando. Conforme avança a madrugada, elas param de funcionar”, afirma Lima. A Prefeitura gastou R$ 4.800 por cada poste. Moradores evitam utilizar o acesso devido à escuridão – principalmente as mulheres, arriscando-se na contramão da Estrada dos Costas.

Prefeitura

A Prefeitura esclarece que acompanha de perto a situação na Tancredo Neves. A administração municipal entrou em contato com a empresa responsável pela iluminação e malha viária para que estas questões sejam resolvidas. “Quanto à iluminação, estão sendo realizados testes com outros tipos de bateria para verificar qual a que melhor se adapta ao sistema de iluminação implantado no local, para que em seguida seja feita a substituição. Os reparos na malha viária foram solicitados pela Prefeitura e o serviço deverá ser executado em breve”, informa a administração em nota.

De Cannes: cineasta fala sobre experiência no festival

Lourenço Favari

O diretor João Paulo Miranda Maria e a esposa, a roteirista Fernanda Tosini
O diretor João Paulo Miranda Maria e a esposa, a roteirista Fernanda Tosini

Da cidade de Cannes, no sul da França, o cineasta de Rio Claro, João Paulo Miranda Maria, falou à reportagem do Jornal Cidade sobre a participação no 68º Festival de Cannes, um dos mais importantes do mundo. Fundador do grupo de cinema Kino-Olho, o diretor está na cidade francesa ao lado da esposa, a roteirista Fernanda Tosini, para a estreia mundial do curta-metragem “Command Action”.

“Aqui realmente está uma loucura, com muita coisa. Diferente do ano passado, este ano estou na competição entre 10 filmes selecionados do mundo todo. Portanto, todos querem entender a visão atrás do filme e este olhar no interior de São Paulo”, disse o idealizador do conceito “cinema caipira”.

João Paulo destacou que sua participação no festival está marcada por coletivas de imprensa internacionais e diversas reuniões. “Estou com uma agenda bem atarefada. Aqui pretendo conseguir parceiros na parte da distribuição e co-produção. Está havendo vários interessados e encontros, porém toda relação aqui leva tempo para surgir um vínculo de confiança”, conta.

Diferente do Horaire des Projections/Screenings Guide no site do Festival, que anuncia a exibição do curta para o dia 24, o cineasta esclarece que o trabalho terá exibição nos dias 19, 20 e 21 deste mês. “Depois o filme ainda será exibido em Paris, no dia 7, e em outros países da Europa”, explica.

João Paulo agradeceu o apoio de todos e finalizou: “Obrigado pelo apoio e espero estando aqui, abrir portas para dar visibilidade para a produção independente de Rio Claro e região”.

Esta é a segunda participação do diretor no evento internacional. No ano passado, o curta-metragem “Ida do Diabo”, dirigido por ele e produzido pelo grupo Kino-Olho, foi selecionado para a mostra paralela Court Métrage Short Film Corner, fora de competição.

Curta

O curta “Command Action”, que foi selecionado para a Semana da Crítica, mostra paralela competitiva do festival, se passa na tradicional feira popular do Cervezão, em Rio Claro, e narra a história de um menino que está comprando legumes para sua família, quando algo muda em seu caminho. O protagonista é David Martins, um adolescente de 14 anos, estudante da Escola Estadual Profº Roberto Garcia Losz de Rio Claro, que realizou o seu primeiro trabalho como ator no filme. O elenco conta ainda com Cláudio Lopes, Luana Menezes e João de Lima Neto.

O trabalho, que teve baixo orçamento para os padrões da industria cinematográfica, compete com outros nove curtas de países como a Itália, França, Indonésia, Estados Unidos, Romênia e Suécia, selecionados de uma lista de quase dois mil títulos.

Sobre

A Semana da Crítica é uma sessão paralela e independente organizada pelo Sindicato Francês da Crítica de Cinema, reservada para primeiros e segundos filmes de cineastas, e integra a programação do 68º Festival de Cannes. O júri da Semana da Crítica será presidido pela atriz e diretora israelense Ronit Elkabetz.

Beatriz Loesch representa RC no Miss São Paulo

Favari Filho

A modelo Beatriz Loesch Patrony
A modelo Beatriz Loesch Patrony

Acontece neste sábado (16), no Anhembi, a sexagésima edição estadual do Miss São Paulo 2015, tradicional concurso de beleza que reúne as mais belas garotas em uma disputa acirrada que ocorre periodicamente há seis décadas. Depois de concorrer com outras noventa e cinco candidatas na primeira fase e ficar entre as trinta que disputam o título, a mineira de Uberlândia, que representa Rio Claro na competição, Beatriz Loesch, está ansiosa com o resultado e espera vencer as adversárias.

Desde o último sábado (9), as trinta candidatas estão confinadas em um hotel na capital paulista e devem permanecer no local até o início da grande final. Durante toda a semana, as meninas cumpriram cronograma de atividades que contou com ensaios, passeios, palestras, entrevistas e gravações. O júri será responsável pela seleção de quatorze das trinta competidoras, a décima quinta candidata à coroa será escolhida em votação via internet.

O Jornal Cidade conversou com Beatriz que, mesmo em confinamento cumprindo extensa agenda de atividades – das quais está sendo avaliada nos quesitos etiqueta, postura e simpatia – atendeu a reportagem e discorreu um pouco sobre a semana de atividades e as expetativas para a noite mais importante das participantes. “Os dias foram bastante corridos e movimentados com ensaios fotográficos, almoços externos e visitas culturais”, revelou.

A modelo – que é pós-graduada em Medicina Veterinária e pretende abrir uma clínica – acrescentou que está preparada para o grande dia, pois vem desenvolvendo as atividades com astúcia. “A expectativa é muito grande e espero o melhor resultado que é vencer”, completou. A vencedora da competição, além de receber a coroa das mãos da atual Miss São Paulo, Fernanda Leme, é automaticamente classificada para uma vaga na disputa do título de Miss Brasil. Vale lembrar que da região também participam Leticia Gabriela Tofolo Nardes (Araras) e Bruna Zanardo (Piracicaba).

O Miss São Paulo – que desde 2012 está sob a coordenação de Viviani Negocia e Gabriela Fagliari – é um concurso de beleza feminino de nível estadual realizado anualmente que visa eleger entre as vencedoras dos concursos municipais a que represente o estado na etapa nacional de Miss Brasil. O estado é um dos mais bem sucedidos em títulos nacionais com oito vitórias, contudo desde 1994 segue amargando um jejum de mais de vinte anos.

RC Basquete segue em conversação para montar elenco

Matheus Pezzotti

De certo, o armador norte-americano Brandon Brown não vai renovar seu vínculo com o RC para a temporada 2015/2016
De certo, o armador norte-americano Brandon Brown não vai renovar seu vínculo com o RC para a temporada 2015/2016

O NBB 7 ainda está na fase semifinal, mas o Rio Claro Basquete, já pensa, além da oitava edição do nacional, no Campeonato Paulista, previsto para começar em agosto.

Diante disso, desde o fim da sua participação nesta temporada do Novo Basquete Brasil, a diretoria, juntamente com o técnico Marcelo Tamião tem realizado reuniões para planejar tanto as contratações dos jogadores como a programação do elenco para a disputa dos dois campeonatos.

“Estamos avaliando o que temos nas mãos, o que temos de dinheiro e o que podemos trazer e analisando estas situações, ver o que a gente consegue fazer. Mas não estamos parados, estamos conversando todos os dias, tenho dado opções para a diretoria de jogadores que já terminaram os playoffs que podem não ficar nas equipes que estão”, afirma Tamião.

O treinador comenta que tanto a análise dos jogadores que fizeram parte do elenco, como de novos jogadores, estão sendo feitas de maneira conjunta e alguma definição pode acontecer já na próxima semana.

“Está meio que junto, conversando com alguns jogadores que estiveram aqui e ao mesmo tempo, conversando com jogadores que disputaram o NBB por outros times. Estamos conversando com muitos agentes, jogadores, mas nada de concreto ainda. Do time que estava aqui, estamos praticamente fechados com um jogador, mas como ainda teremos mais uma reunião na próxima semana para acertar sua permanência, não vou divulgar o nome do jogador. Qualquer especulação inflaciona o mercado e isso pode prejudicar qualquer negociação. Então só vamos divulgar os nomes quando estiver com contrato assinado”, comenta.

Com a montagem do elenco em andamento, o planejamento para o início dos treinos é para até o dia 15 de junho, tendo cerca de 45 dias para treinamentos para a disputa do Paulista. De concreto, a diretoria já anunciou o desligamento do pivô Lucas Tischer, do armador norte-americano Brown e do ala espanhol Alvaro Calvo, todos sem possibilidade de vestirem a camisa do Rio Claro Basquete novamente.

A partir de julho, haverá a realização da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) voltado para a categoria Sub-22, no qual Rio Claro vai participar.

“Teremos a Liga Desenvolvimento e alguns destes atletas poderão nos ajudar no time Adulto, mas logicamente temos que visar montar um time forte para buscar os playoffs dos campeonatos que vamos disputar”, finaliza Tamião.

Municípios aumentam tarifa de água acima do índice da inflação

Ednéia Silva

Ponto de captação de água do Ribeirão Claro dentro da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade
Ponto de captação de água do Ribeirão Claro dentro da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade

O consumidor paga, mas não consegue entender a lógica aplicada para o reajuste das tarifas dos serviços públicos. O índice aplicado é quase sempre maior que a inflação do período. É o que acontece com a tarifa de água e esgoto que teve reajuste bem acima da inflação na maioria dos municípios paulistas. Na região, o percentual de aumento varia de 6,74% a 20,27%.

Rio Claro reajustou a tarifa de água em março deste ano em 13,95%. O aumento foi autorizado pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento (Ares-PCJ). O índice concedido foi menor do que o solicitado pelo Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto), de 19%, mas maior que o aplicado no ano passado, 11%. Em 2013, o reajuste foi de 9,96%.

O decreto é estabelecido por decreto municipal. De acordo com o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto), “o reajuste das tarifas de água e esgoto é determinado pela Ares-PCJ e tem como base os custos e despesas da autarquia, como o impacto da energia elétrica, com adoção das bandeiras tarifárias; o preço dos insumos e produtos químicos utilizados no tratamento da água e a inflação do período; preço dos combustíveis entre outros”.

Como Rio Claro faz parte dos municípios regulados desde 2011 (através da Lei Federal 11.445/2007) o reajuste da água não precisa ser votada pelos vereadores.

Em Limeira a Ares-PCJ autorizou reajuste de 20,27% que será aplicado a partir do mês que vem. No ano passado, o aumento de 5,9% foi aplicado em maio. Em Piracicaba a agência autorizou alta de 12,47% na conta de água frente a 7,60% em 2014 e 8,09% em 2013. Na cidade de Itirapina, a conta de água aumentou 18% e a de esgoto 25% em setembro do ano passado. São Carlos aumentou a água em 9,34% em março deste ano. No ano passado, a alta foi de 8,67%. Em Santa Gertrudes, o reajuste de 6,74% entrou em vigor em novembro do ano passado.

Por causa da crise hídrica enfrentada em 2014, muitos municípios estão solicitando revisão tarifária extraordinária para cobrir os gastos com a seca. Rio Claro e Piracicaba já protocolaram pedido na agência reguladora que acredita que outras cidades deverão adotar o mesmo procedimento. Vale lembrar que Rio Claro não enfrentou problemas com racionamento de água durante a estiagem.

Ciclista da equipe de Rio Claro lidera a Média Paulista

Divulgação

O ciclista Willian Poiani durante a segunda etapa do Campeonato Paulista de Resistência
O ciclista Willian Poiani durante a segunda etapa do Campeonato Paulista de Resistência

Nas últimas semanas, atletas da equipe de Ciclismo Velo/Seme Rio Claro e do Projeto Pedalar participaram de importantes provas do ciclismo nacional.

Em Boituva, pela segunda etapa do Campeonato Paulista de Resistência, Rio Claro foi representada em várias categorias. Julia Toledo consagrou-se campeã da categoria Infantil, Juliana Andressa e Jessica Aline conquistaram a quarta e quinta colocações da categoria Juvenil e na categoria Elite, Halysson Ferreira ficou com o vice.

Em outro evento, na tradicional Prova Ciclística, os ciclistas da Velo/Seme e do Projeto Pedalar estiveram presente na 65ª edição, que reuniu os principais atletas das equipes nacionais. Julia Toledo foi vice-campeã da categoria Infantil e competindo na categoria Juvenil, Juliana Andressa conquistou a medalha de bronze e Jessica Aline ficou em quarto lugar. Murilo Matos, atleta da categoria Júnior e Willian Poiani, atleta da Elite, chegaram na sexta colocação. “Foram resultados muito importantes para nossa equipe, em duas provas de alto nível, em que os melhores atletas do Brasil estavam presentes. De maneira geral, esses resultados corresponderam às expectativas, mantendo o tradicionalismo de Rio Claro no ciclismo nacional”, comenta Walter Hohne Junior, técnico da equipe.

A última prova disputada foi a quinta etapa da Média Paulista de Ciclismo, na cidade de Itapetininga, que aconteceu no último domingo (10). Willian Poiani foi o campeão da etapa e com o resultado, é o líder da competição até o momento.

Na próxima semana, a equipe rio-clarense vai disputar o Campeonato Brasileiro Júnior, em Maringá, no qual competirá com a categoria Juventil, para atletas de 15 e 16 anos) e na Júnior, para atletas de 17 e 18 anos. A competição terá início na terça-feira (19), até domingo, dia 24.

A delegação viaja na segunda-feira (18), quando será realizado o Congresso Técnico das provas de ciclismo de pista, estrada e contra relógio.

Intervenção em rotatória altera trânsito na 6-A

Carine Corrêa

Obras na rotatória da Rua 6-A com a Av. 50 alteram trânsito na região. Diversos acidentes no local motivaram o pedido de intervenção na via
Obras na rotatória da Rua 6-A com a Av. 50 alteram trânsito na região. Diversos acidentes no local motivaram o pedido de intervenção na via

As obras que alteraram o trânsito na região da Rua 6-A com a Avenida 50 e também da Avenida José Felício Castellano tiveram início no final do mês passado.

O trânsito naquele trecho contém um fluxo intenso de veículos e pedestres. Em novembro do ano passado, as câmeras de segurança de uma residência situada nas proximidades, flagrou um idoso que não foi atropelado por questão de segundos: um carro que fazia uma conversão, invadiu a calçada e quase atropelou o homem. Esse é um dos exemplos que motivou a reclamação de comerciantes e moradores daquela região para uma intervenção na rotatória.

A reportagem do JC esteve na rotatória nessa sexta-feira (15) e conversou com alguns comerciantes da região. A cabeleireira Dailde Lira, por exemplo, acredita que a intervenção irá trazer melhorias. “Creio que com as obras o tráfego ficou melhor e mais ordenado. Inclusive, um carro já chegou a invadir parcialmente meu comércio em outra ocasião”, relembrou a cabeleireira.

Já o comerciante Lúcio Bonometi, diz que é preciso esperar a conclusão dos serviços para emitir alguma opinião. “Aparentemente está melhor, mas é preciso esperar ficar pronto para ver o resultado”, reforça Lúcio.

Em nota encaminhada à imprensa nessa sexta, a Prefeitura informou que o local também recebeu semáforos, que introduzirão modificações nos sentidos de direção das vias envolvidas. “O trecho da Avenida 50-A entre as ruas 6-A e 7-A será invertido, passando a correr na direção centro-bairro. Outra mudança se refere à Avenida 52-A, da Rua 7-A até a Rua 6-A, onde o fluxo do trânsito se dará no sentido bairro-centro”, informou.

Os semáforos que a Secretaria de Mobilidade Urbana e Sistema Viário está instalando no local estão localizados em três pontos: cruzamento da Rua 5-JA com a Avenida 50-A; Rua 6-A com Avenida 50-A e Avenida Felício Castelano com a Avenida 52-A.

Dengue: casos passam de 15 mil, mas crescimento está estável

Divulgação

Pacientes são atendidos no Centro de Triagem e Hidrataçã
Pacientes são atendidos no Centro de Triagem e Hidratação

Novos números da dengue foram publicados pela Vigilância Epidemiológica (VE) de Rio Claro. Nessa sexta-feira (15), o balanço indica um total de 15.282 casos de dengue confirmados no município.

Embora tenha ultrapassado a marca dos 15 mil, o número de casos se mantém estável, se comparado com balanços anteriores. Se tratando em porcentagem de aumento, esta é a sexta semana de “queda”. No dia 10 de abril, os dados da Vigilância apontavam para um aumento de 22% em casos da doença confirmados na cidade. A partir desta data, as porcentagens diminuíram: dia 17 de abril o aumento foi de 21%; no dia 24 do mesmo mês 11%; no dia 30 de abril 7%; em 8 de maio o número de pessoas doentes subiu para 5%; e, por fim, o último levantamento da VE aponta para um aumento de 3,5% no número de doentes.São três óbitos registrados no ano, todos pacientes idosos, com doenças pré-existentes.

A Fundação Municipal de Saúde informa que mesmo com a estabilidade, o alerta continua para as ações de prevenção ao mosquito transmissor da doença com o monitoramento permanente das casas e quintais. “A população deve estar atenta”, reforça.

A Prefeitura de Rio Claro produziu uma cartilha sobre a dengue, sua prevenção e todos os procedimentos de saúde pública no tratamento. O material informativo está disponibilizado para a população, empresas e sindicatos.

Vale lembrar que em março deste ano, a projeção do município indicava que o pico da doença se daria nos meses de março e abril. “Assim como ocorreu nos anos de 2007 e 2011, por exemplo, a doença deve ter seu pico nos meses de março e abril”, disse na oportunidade o secretário municipal de Saúde, Geraldo Barbosa.

Triagem

A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro já registra uma queda no atendimento de pessoas com sintomas ou diagnosticadas com dengue. O termômetro tem sido o Centro de Triagem e Hidratação (CTH), a unidade de campanha montada na Avenida 26 com a Rua Samambaia.

Neste local específico para casos de dengue os cadastros começaram a diminuir sinalizando para novos procedimentos por parte da Fundação de Saúde. O CTH chegou a registrar mais de 500 atendimentos por dia, mantendo-se numa média de 400 cadastros. Mas com a alteração climática, prevalecendo temperatura mais fria, os números têm caído bastante.

“Nossa equipe está analisando a estratégia que devemos tomar, pois estamos vendo a diminuição dos casos e do atendimento na unidade, como era previsto agora para o mês de maio”, considera o secretário de Saúde, Geraldo de Oliveira Barbosa, que já discute com seus funcionários quais as providências adequadas.

O CTH foi montado no final de fevereiro e aberto ao atendimento público no dia 3 de março em instalações cedidas pela Igreja do Nazareno. O objetivo foi atender casos de dengue desafogando as unidades de emergência e oferecendo uma ampla assistência aos pacientes diagnosticados com a doença.

Com a chegada do inverno, a tendência é a diminuição dos casos de dengue, no entanto o alerta permanece para as ações de prevenção. Os trabalhos de prevenção devem ser mantidos.

Jornal Cidade RC
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