Fabíola Cunha

No caso da vacinação para felinos, equipes do CCZ estão visitando as propriedades rurais para imunizar esses animais
No caso da vacinação para felinos, equipes do CCZ estão visitando as propriedades rurais para imunizar esses animais

A campanha de vacinação antirrábica em Rio Claro acontece desde a última terça-feira, dia 13. Equinos, bovinos, felinos e caninos devem ser vacinados. Em entrevista ao Jornal da Manhã, veiculado pela Rádio Excelsior Jovem Pan nessa quarta-feira, dia 14, o veterinário Josiel Hebling, do Centro de Controle de Zoonoses, explica que a disseminação da doença pode e deve ser controlada, já que o morcego, seja o que se alimenta de frutas ou de sangue, é presença constante na área rural: “Eles fazem parte do cotidiano da área rural, montam colônias no oco das árvores, buracos no solo, é difícil detectar onde estão e dependemos da observação de proprietários, mesmo que eles tenham dúvida se o morcego é hematófago”, diz.

O CCZ já registrou 12 casos de raiva em equinos neste ano. Segundo Hebling, a raiva que atinge animais de grande porte é a “paralítica”, que deixa o animal fraco, sem apetite e com salivação intensa. É aí que reside perigo de contágio para o homem: “O dono pode pensar que o animal está engasgado, pôr a mão na boca do animal e aí se machucar e se infectar”, explica. Já em gatos e cães a raiva provoca comportamento agressivo, o que leva o animal a atacar o ser humano e contaminá-lo nesse ataque.

Hebling pontua que, após um ataque, o animal e a vítima devem ser observados por 10 dias, o que é especialmente difícil com gatos, já que eles têm fácil saída das residências com muros baixos. A vacina antirrábica em animais é a única forma de impedir a contaminação e, quando essa ocorre, não há cura, nem mesmo para pessoas. Os proprietários de animais de grande porte devem vaciná-los e, segundo o veterinário, cada dose de vacina custa cerca de R$ 2.

Dados disponibilizados no site do Instituto Pasteur apontam que, em janeiro e fevereiro deste ano, São Paulo registrou total de 63 casos, a maioria (34) em bovinos. Já 2013 teve 268 casos da doença, com destaque para bovinos, com 159 casos. O áudio da entrevista com Josiel Hebling está disponível aqui.

Mais informações na edição impressa do Jornal Cidade desta quinta-feira, dia 15.

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