Presidente do Sintrarc, Gilvon Barbosa, acredita não ser momento para nova greve de caminhoneiros, como aconteceu em 2018

Nas últimas semanas, passou a se falar muito sobre uma nova greve dos caminhoneiros no país. A movimentação de alguns representantes da classe ganhou certa força e uma possível paralisação está programada para o dia 1° de fevereiro. O movimento tem como principal motivo a luta contra o aumento de impostos.

Em Rio Claro a ideia não parece agradar tanto, segundo Gilvon Barbosa, presidente do Sintrarc (Sindicato dos Transportadores Autônomos Rodoviários de Rio Claro).

“É claro que o caminhoneiro está insatisfeito e descontente com a situação, com o aumento de tributações, mas eles não acreditam que a greve vai resolver, a greve não seria interessante para os caminhoneiros agora. O movimento não atende à categoria, mas sim a interesses políticos”, comentou Barbosa, afirmando ter ouvido diversos caminhoneiros.

O presidente do sindicato, que também representa a Fecamsp (Federação dos Caminhoneiros do Estado de SP), garantiu que o movimento não vem sendo encabeçado pelas principais lideranças da categoria, já que, apesar de entenderem e concordarem com os motivos, acabam entendendo que, para o trabalhador, uma paralisação acabaria sendo prejudicial.

Ao afirmar que, no momento, a posição do Sintrarc é de que os caminhoneiros de Rio Claro não tendam a aderir à greve, Barbosa também disse não acreditar em uma situação parecida com a de 2018, quando foi feita a última grande paralisação geral. “Vamos ver eles parados em algum ponto ou outro, mas não vai ser igual 2018. É uma realidade diferente e o que percebemos é que isso, agora, não é interessante para a classe”, afirmou Barbosa, que ainda acredita que o movimento mais “parece uma paralisação por WhatsApp” do que uma greve.

Procurado pela reportagem do JC, o presidente da Antb (Associação Nacional de Transporte do Brasil), José Roberto Stringasci, garantiu que a categoria está sim se organizando para uma paralisação em 1° de fevereiro.

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