Santa Casa predominou no artigo 84 da sessão ordinária da Câmara Municipal dessa segunda-feira (30). O atraso no pagamento da subvenção ao hospital – débito de três parcelas e bolsa médica urgência e emergência – pode resultar no fechamento de seis leitos.

“Hoje começo minha fala de um modo muito triste. Estive reunido com a administração da Santa Casa. Infelizmente a promessa que foi feita do pagamento da subvenção no dia 18 de maio de 2017 não vem sendo cumprida. Mais uma que não está sendo cumprida pela atual administração. A última parcela paga foi do mês de julho. Amanhã [31 de outubro] completam-se três meses sem pagamento da subvenção. Foram abertos seis leitos e agora, devido ao não pagamento da subvenção, a Santa Casa irá fechar seis leitos em Rio Claro. Isso significa menos 45 internações/mês ao município; seis profissionais serão demitidos. Se passaram dez meses e só são feitos aditivos, aditivos, aditivos…Peço com urgência se empenhem para resolver essa situação. Fica meu apelo aos secretários de Saúde e Finanças e ao prefeito municipal”, disse Yves Carbinatti (PPS). “Quando nós falamos de saúde, quem compra uma casa sabe da dificuldade de colocar a casa em ordem. A administração do prefeito Juninho assumiu uma Casa que durante oito anos foi depredada, em todos os aspectos. Salvo engano, na intervenção da Santa Casa em 84, eram 240 leitos, hoje são menos de 70. Então a conta não bate. Existe uma dívida da Santa Casa, herdada da administração passada: R$ 4 milhões. O governo atual já pagou R$ 2,4 milhões. Foi cedida a ela o direito de utilizar a filantropia para ter um convênio próprio de Saúde. Aquele convênio que hoje a Santa Casa tem, que utiliza a filantropia, o mesmo CNPJ da Santa Casa de Saúde; o convênio não paga imposto, como também a Santa Casa não paga por conta da filantropia. Nós queremos ela como parceira. Essa subvenção a partir do próximo ano será realizada por serviço prestado”, respondeu Ruggero Seron (DEM).

Val Demarchi

“Terça-feira irá acontecer aqui a discussão orçamentária e nós pudemos ver na primeira discussão o percentual para Saúde e Educação no governo de Juninho é acima do que a lei exige. Quanto à subvenção de R$ 4 milhões assumida no governo anterior, realmente no papel é fácil. Agora a responsabilidade para deixar dinheiro para esse investimento é difícil”, lembrou o vereador Val Demarchi (DEM).

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