Levantamento da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial sobre sono mapeou problemas. Imagem ilustrativa. Foto: Drazen Zigic em Freepik.

A baixa qualidade do sono é uma reclamação comum no dia a dia do brasileiro e representa 25% das queixas nos consultórios de otorrinolaringologia no Brasil. Quase 94% dos atendimentos realizados por estes especialistas estão relacionados a roncos e apneia do sono.

Essas são algumas das conclusões de um levantamento feito pelo Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), com mais de 430 especialistas de todo o país, para o Dia Mundial do Sono, celebrado em 17 de março.

Realizada em fevereiro deste ano, a pesquisa procurou mapear os motivos mais comuns de busca por atendimento entre 2020 e 2023, pois o médico otorrinolaringologista é uma das principais especialidades envolvidas para diagnosticar e tratar estes distúrbios respiratórios do sono. A apneia obstrutiva do sono é definida pela interrupção da respiração por dez segundos ou mais durante a noite, conforme explica o coordenador do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF, Danilo Sguillar.

“Além da parada respiratória, os sinais mais comuns desse problema são o ronco alto, sonolência diurna e alterações cardiovasculares e metabólicas como pressão arterial elevada, arritmia e diabetes. Estima-se que 936 milhões de pessoas em todo o mundo sofram da apneia obstrutiva do sono”, complementa o otorrinolaringologista e médico do sono. De acordo com o especialista, além do ronco e apneia, os distúrbios do sono mais comuns são a insônia e o sono insuficiente, conhecido também como privação de sono.

A pesquisa da ABORL-CCF demonstrou ainda que uma pequena parte dos pacientes que visita o otorrinolaringologista queixa-se de insônia, bruxismo, sonolência excessiva e parassonia, um problema caracterizado por comportamentos indesejáveis durante o sono, como sonambulismo e terror noturno, por exemplo.

O coordenador do Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial recomenda mudanças de comportamento para prevenção de roncos e apneia obstrutiva do sono. “Para algumas pessoas, dormir de lado previne roncos e apneia, haja vista que muitas pessoas pioram quando se deitam de barriga para cima”, afirma Danilo.

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