O clima esquentou na sessão ordinária dessa segunda-feira (13) na votação em primeira discussão do projeto 215/2017, que prevê a reorganização do Conselho Municipal de Cultura de Rio Claro. Uma emenda em separado assinada pelos vereadores Anderson (PMDB), Pereira (PTB), Irander (PRB), Rogério Guedes (PSB), Paulo (PSDB), Thiago (PSB) e Seron (DEM) solicitava a retirada da cadeira de diversidade sexual do Conselho – a antiga cadeira LGBT que no projeto apresentado pelo Poder Executivo foi alterada para diversidade sexual. No entanto, a emenda foi derrubada pela maioria dos parlamentares: La Torre (PP), Carol Gomes (PSDB), Val Demarchi (DEM), Geraldo Voluntário (DEM), Hernani Leonhardt (PMDB), Julinho Lopes (PP), Luciano Bonsucesso (PR), Maria do Carmo (PMDB), Rafael Andreeta (PTB) e Yves Carbinatti (PPS). O vereador Adriano La Torre, que havia assinado a emenda, entregou ofício à presidência nessa segunda voltando atrás em sua decisão. “Solicito, junto a esta Presidência, a retirada da minha assinatura na Emenda junto ao projeto 215/2017, sobre a reorganização do Conselho Municipal de Política Cultural, o Concult”, detalha o documento assinado pelo vice-líder do Partido Progressista (PP). A repercussão da extinção da cadeira deu-se principalmente em razão de um áudio do vereador Rogério Guedes que circulou pelas redes sociais. Nele, convocava fiéis a comparecerem ao plenário, com a finalidade de conseguir apoio popular para que a emenda fosse aprovada. “Estão pleiteando uma cadeira cativa no Conselho de Cultura. Não podemos aceitar, porque terão uma força muito grande na cultura rio-clarense”, argumentou Rogério no áudio. Além dos religiosos, compareceram ao plenário populares em defesa da causa LGBT. Entre eles, Roberta Escrivão de Campos, que afirmou repúdio ao áudio de Rogério. “É uma vergonha. Entrei em contato com o diretório municipal e nacional do PSB. Tive 300 votos no partido”, criticou.

Presidente da Câmara

“O Poder Legislativo é uma casa democrática. Nos pautamos pela discussão ordeira, legal e respeitosa.
Com a votação de hoje, a Câmara Municipal assegurou mais uma vez o direito de igualdade de todos”, declarou o presidente da Câmara Municipal de Rio Claro, André Godoy (DEM), após o término da sessão. O democrata referiu-se à votação do projeto de lei acerca da reorganização do Conselho de Cultura.

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