Apesar do comunicado feito pela Petrobras na segunda-feira (30) em que afirmou que está reforçando o abastecimento de GLP (gás liquefeito de petróleo) e de que não há qualquer necessidade de estocar o produto neste momento, pois não haverá falta para abastecer a população, muita gente tem feito ao contrário.

O mesmo anúncio foi feito também pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que divulgou o seguinte comunicado em sua página oficial: “O abastecimento com gás de cozinha está ocorrendo em todo o país. No entanto, podem ocorrer problemas pontuais, diante da situação de crise por conta da Covid-19. A Agência está monitorando diariamente o mercado de combustíveis e está trabalhando para garantir o abastecimento. Recomenda-se aos consumidores que evitem a corrida às revendas, pois a previsão é de que o suprimento siga contínuo”.

Em Rio Claro, contrariando esta orientação, os últimos dias foram de um aumento considerável de trabalho para os depósitos: “Os pedidos não param de chegar”, disse o proprietário de um estabelecimento no Mãe Preta.

Já, na Vila Nova, o Sr. José Carlos, que também tem um depósito, fez a seguinte análise: “Os nossos botijões para entrega se acabaram ontem (31) não porque existe o desabastecimento, mas pelo fato de que a procura realmente aumentou e aí entram dois fatores: as pessoas estão cozinhando mais em casa por conta da quarentena e também por medo de ficarem sem. Com isso acabam estocando o que não é preciso. Recebemos reposição, nem sempre todo dia, mas recebemos. Então não há por que se preocupar. Isso não só aqui, mas nos demais depósitos da cidade. Acontece que tudo o que chega é vendido em algumas horas. Antes aqui vendíamos 70 botijões ao dia. Hoje, se por acaso tivéssemos mil botijões, venderíamos os mil. As pessoas acham que vai acabar e querem deixar dois, três botijões em casa. Não há necessidade disso”, finaliza o comerciante.

São Paulo

Na capital, o consumo de gás de cozinha também aumentou, assim como no interior.

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