Antonio Archangelo

Enquanto a prefeitura afirma que “tem desenvolvido estudos e análises com o objetivo de adotar medidas que resultem num reequilíbrio entre serviços e receita”, servidores municipais relatam cortes em serviços prestados pela municipalidade.

Na Saúde, a informação é que pelo menos duas equipes do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU) foram remanejadas para outros setores da saúde, para controlar os gastos com a viatura em atividade. Além das citadas viaturas, duas ambulâncias utilizadas para trasladar pacientes tiveram suas atividades paralisadas. A prefeitura não negou a informação.

Na Educação, as unidades com mais de duas coordenadoras pedagógicas (cargo em comissão) tiveram que dispensar uma. Além do corte, o pagamento gratificação por difícil acesso também teria sido paralisado. O corte de verba para o transporte de alunos, tanto para as escolas como para “excursões” culturais/pedagógicas, também foi informado à coluna. A prefeitura, consultada, também não negou as citadas informações.

A crise econômica na arrecadação da prefeitura é utilizada como justificativa pelo atraso de pagamento de horas extras, licença em pecúnia e parte do décimo terceiro para quem aniversariou em agosto. A prefeitura, de acordo com vereadores, confirmou para a sexta-feira (5) o pagamento dos salários dos servidores referentes a agosto. Sobre a queda, os números ainda são dispersos. Porém, no início do mês, Liberato Caldeira, presidente da AMOP (Associação dos Municípios do Oeste Paulista), afirmou que as prefeituras atravessam a pior crise financeira da história.

“A queda de arrecadação no FPM e no ICMS, que são as principais receitas dos municípios, chega a 30%, comprometendo seriamente as finanças municipais. Os governos Federal e Estadual arrecadam a maior parte dos impostos e, com o valor que repassam para as prefeituras, que necessitam investir em saúde, educação e melhorias para a população, mal dá para arcar com a folha de pagamento e fornecedores”, afirma.

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