ALFREDO HENRIQUE – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A polícia descobriu nesta quinta-feira (23) uma fábrica clandestina de álcool em gel que funcionava dentro de uma casa no Jardim Regente Feijó, na zona leste de São Paulo. Foram apreendidos álcool 96° e silicone, somando 3.400 litros, que seriam usados para a fabricação ilegal do produto. Um autônomo de 31 anos foi preso em flagrante.

Denúncias anônimas indicaram à polícia que o suspeito estaria manipulando álcool dentro da casa, na rua Bento Gonçalves. Por causa disso, investigadores foram até o local para realizar campana.

O delegado Afonso da Silva afirmou que, por volta das 10h desta quinta, investigadores flagraram dois funcionários saindo da residência suspeita carregando um galão em um carrinho de mão. “Essa foi a deixa para nós iniciarmos nossa operação”, disse o delegado titular da 4ª Divecar (Delegacia de Investigações sobre Roubos e Furtos de Veículos) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais),
Silva acrescentou que havia álcool 96° no carrinho levado pelos dois homens. Na sequência, policiais do Deic entraram na residência.

O suspeito teria argumentado não produzir álcool em gel no local, acrescentando usar a residência somente para estocar o produto. Os argumentos não convenceram pois, ainda de acordo com o delegado, a presença de embalagens, equipamentos para engarrafar produtos, além de insumos como álcool e silicone, indicaram que o local era usado para fabricar clandestinamente álcool em gel.

A reportagem apurou que em um quadro que ficava dentro de um cômodo da casa estavam anotados prováveis compradores do produto ilegal como motéis, lojas de roupa de noivas, além de buffets de festas. Na lousa também estava escrito a meta de vendas do mês, estipulada em R$ 60 mil.

O autônomo não apresentou alvará autorizando a produção do álcool em gel à polícia. Por causa disso, ele foi preso em flagrante por produzir ilegalmente produto químico, além de o estocar. Sua defesa não havia sido encontrada até a publicação desta reportagem.

Os materiais químicos apreendidos serão investigados pelo Instituto de Criminalística.

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