Carine Corrêa

Caso o laudo emitido pelo Instituto Médico-Legal (IML) confirme que o corpo carbonizado encontrado nessa quarta-feira (1º) seja do suspeito de assassinar a grávida Verônica Gomes, a Polícia Civil de Rio Claro cogita a possibilidade da comunidade ter feito “justiça com as próprias mãos”. “O crime foi bárbaro e tinha criança que não estava conseguindo dormir com a tragédia. Verônica quase foi degolada na casa onde o suspeito morava de aluguel”, disse o delegado Carlos Schio.

Nessa terça-feira (30), percorreu na cidade uma informação equivocada sobre a localização de um corpo. A mesma informação indicava que o suposto corpo seria do autor do último homicídio, que tirou a vida da grávida Verônica. Segundo informado na mesma data pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil de Rio Claro à redação do JC, as informações não procediam. Schio ainda reforçou: “Foram dois boatos que percorreram a cidade, mas não procediam”, completa.

O crime

O delegado detalha como pode ter ocorrido o crime que tirou a vida de Verônica, no Jardim Novo I. Segundo a investigação, ela teria saído com uma amiga às 18h de sexta-feira (26). O crime pode ter ocorrido na manhã de sábado (27). “Ela teria se encontrado com ele na madrugada de sexta para sábado, e ido até a casa do suspeito. Não se sabe de fato o que ocorreu no quarto onde ela foi morta. Ele foi visto bebendo ainda no sábado por outras pessoas”, relata Schio. Questionado sobre a possibilidade da cidade contabilizar duplo homicídio – Verônica e o feto – o delegado explica que será feita uma discussão sobre o assunto. “O fato é que ele responderia por duplo homicídio, uma vez que ele esfaqueou Verônica na barriga e acertou o feto”, salienta.

O suposto assassino, natural do Estado do Rio de Janeiro, tem passagem por lesão corporal e a ex-mulher confessou aos policiais que tinha medo do suspeito.

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