Marinilda explica que as refeições são preparadas em uma fogueira, logo atrás do barraco

Carine Corrêa

De um lado, a ocupação irregular de área pública. Do outro, as dificuldades de quem vive diariamente em um barraco, sob o risco de desabamento e com a constante sensação de insegurança. Sensibilizado com a história de uma família vinda de Alagoas, Amilson Barbosa Henriques mobiliza uma campanha para arrecadar materiais de construção a esses moradores carentes.

Marinilda explica que as refeições são preparadas em uma fogueira, logo atrás do barraco
Marinilda explica que as refeições são preparadas em uma fogueira, logo atrás do barraco

Marinilda da Silva Rufino mora em um barraco improvisado na Rua 10 entre as avenidas M-29 e M-31, no bairro Jardim São João. Ela divide o espaço com o esposo Jamerson da Silva e o filho Wanderson, de 12 anos.

No Estado de Alagoas, Marinilda conta que já passava por muitas dificuldades. Ela foi abandonada pela sua mãe e criada por outra mulher, que anos depois morreu de um problema no coração. O pai morreu de câncer. “Lá eu trabalhei na área de limpeza e até mesmo no corte da cana. Meu marido ia pescar no rio e foi o primeiro a vir a Rio Claro”, detalha.

Aqui na cidade, ela encontrou dinheiro para sobreviver através da reciclagem. “Trabalhei com minha sogra com reciclagem antes de conseguir um emprego no Arquivo Público. Sou muito grata por esse trabalho”, frisa.

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A estrutura do barraco é muito precária e dividida em quatro “cômodos”. Logo na entrada, um sofá deteriorado faz divisa com o quarto do filho Wanderson. Em seguida, uma cama de casal em más condições acolhe o casal. O barraco fica na beira de um córrego e, por isso, há muitas irregularidades no chão de terra batida. O banho, Marinilda explica que faz no fundo da casa, com balde mesmo. As refeições são preparadas em uma espécie de fogueira, arrumada com tijolos. À noite, segundo seu esposo, é possível ouvir os estalos das telhas. Durante o período de chuvas, o medo é que o barracão desabe e possa provocar alguma tragédia.

“Eu e mais algumas pessoas ficamos sabendo de sua condição de vida. Uma estagiária aqui do Arquivo foi até seu barraco fotografar para que pudéssemos tentar ajudar de alguma forma. Ela necessita de materiais de construção para melhorar sua casa, por mais humilde que seja. São bem-vindos materiais como telhas brasilite, caibros, esteios, ripas, paletes, placas de compensado, portas e janelas velhas ou usadas”, diz Amilson Barbosa, que compartilha nas redes sociais o pedido de ajuda.

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