A taxa de mortalidade infantil – número de óbitos de crianças de até um ano de idade por mil nascidas vivas – é um dos indicadores utilizados para aferir as condições de saúde da população

Adriel Arvolea

A taxa de mortalidade infantil – número de óbitos de crianças de até um ano de idade por mil nascidas vivas – é um dos indicadores utilizados para aferir as condições de saúde da população
A taxa de mortalidade infantil – número de óbitos de crianças de até um ano de idade por mil nascidas vivas – é um dos indicadores utilizados para aferir as condições de saúde da população

De acordo com a Organização das Nações Unidas, a redução da taxa de mortalidade infantil é resultado dos progressos feitos pelos países para reduzir em dois terços a mortalidade infantil antes de 2015, um dos oito Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento estabelecidos pela comunidade internacional em 2000.

Em Rio Claro, a taxa de mortalidade infantil atingiu, em 2011, o pior índice dos últimos 11 anos: 16,8 óbitos por mil nascidos vivos. Na comparação entre 2000 e 2011, o índice subiu 37,70%, passando de 12,2 para 16,8, segundo levantamento feito pela Fundação Seade.

Os maiores índices de mortalidade infantil no município foram registrados nos anos de 2002, 2008, 2010 e 2011, com taxas de 14,1; 13; 14,6 e 16,8 respectivamente. Os menores índices foram 9,4 (2005), 6,7 (2007) e 9,7 (2009). Nos anos de 2001, 2003, 2004 e 2006, as taxas se mantiveram estáveis na casa dos 11 – (11,5/11,8/11,8/11). O ano de 2012 apresenta resultados melhores desde 2010, com taxa 13,98. A redução chega a 17% com relação aos resultados de 2011.

Ações

A Fundação de Saúde informa que está preocupada em diminuir os casos de mortalidade infantil no município. “Ações como o Programa Bebê de Risco, que promove a vacinação dos recém-nascidos, identificação dos riscos e o encaminhamento para avaliação de equipe multiprofissional estão sendo desenvolvidas no município. A cobertura vacinal e o atendimento pré-natal às gestantes, disponível em 16 unidades de saúde, reforçam o trabalho”, informa a autarquia.

A rede de saúde possui, ainda, uma unidade de referência para atender as mulheres com gestação de risco, leito de UTI neo-natal para os recém-nascidos e garantia de consulta de puerpério com avaliação do bebê e exame do pezinho em até dez dias após o seu nascimento.

Estado

A taxa de mortalidade infantil em 2012, 11,48 óbitos por mil nascidos vivos, é a menor taxa registrada no Estado de São Paulo, além de ser uma das menores do Brasil e dos países da América Latina.

Diferenças importantes, ainda, são observadas entre os Departamentos Regionais de Saúde (DRS), com taxas abaixo de 10 óbitos por mil em Araçatuba, Araraquara, Campinas, Franca e São José do Rio Preto. No DRS da Baixada Santista, a TMI é a maior do Estado, com 15,65 por mil, 89% superior à registrada em Franca (8,17), a menor do Estado.

As causas perinatais e as malformações congênitas representam 80% da mortalidade de menores de um ano, destacando-se que 50% dos óbitos infantis ocorrem na primeira semana de vida do bebê. Doenças do aparelho respiratório e doenças infecciosas e parasitárias têm hoje peso relativamente pequeno como causas de morte de menores de um ano, segundo pesquisa da Fundação Seade.

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