Especialista, que é referência no tema, explica que exame salva vidas ao permitir diagnóstico precoce. Decisão vale para rede pública e planos de saúde

“Convivemos hoje com o maior número de mulheres no mundo sobreviventes do câncer de mama, porque cada vez mais mulheres estão vivendo mais após diagnóstico e tratamento, por dois motivos, diagnóstico precoce e tratamentos cada vez mais personalizados. É isso que a gente precisa trazer no Outubro Rosa, como prevenir e boas notícias” declarou em entrevista ao Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan News o mastologista Daniel Buttros.

Dr. Daniel Buttros, mastologista, no Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan News de Rio Claro, FM 89.1

Nesse ano, segundo o médico, o Outubro Rosa veio com duas boas notícias para as mulheres brasileiras. A primeira é a vitória da mobilização no setor de saúde para que as mamografias voltassem a ser recomendadas a partir dos 40 anos, após uma tentativa de mudança da Agência Nacional de Saúde-ANS para um protocolo a partir dos 50 anos no caso dos planos de saúde. E também a decisão do Ministério da Saúde de que a recomendação do exame preventivo anual na rede pública também passa a ser a partir dos 40 anos. “Isso demonstra que a maior arma que temos para o tratamento eficaz e cura do câncer de mama chama-se mamografia anual a partir dos 40 anos. A Ciência é muito robusta quando ela nos traz que mamografia salva vidas. Porque fazer o diagnóstico de um tumor pequeno, antes que seja palpável, facilita demais o tratamento” explica Buttros.

Na entrevista, o médico também fez um alerta sobre os prejuízos trazidos pelas falsas notícias sobre a prevenção e o câncer de mama. E pediu que as pessoas evitem compartilhar os conteúdos que disseminam as chamadas “fake news”.