MARTHA ALVES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cantor e compositor Leandro Lehart, 50, vocalista do grupo Art Popular, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a 9 anos e sete meses de prisão por estupro e cárcere privado de uma mulher, em outubro 2019. A decisão foi proferida pelo juiz em 9 de setembro e o artista pode recorrer da sentença em liberdade.

A denúncia contra o cantor foi feita por uma mulher com quem ele se relacionava, segundo o Ministério Público de São Paulo. A vítima disse, em relato à Justiça, que os dois tiveram poucos encontros e no último aconteceu o estupro e cárcere privado de algumas horas na casa do cantor, em São Paulo. Ela não pediu medida protetiva contra Lehart porque não teve mais contato após o abuso sexual.

Segundo a Promotoria, a vítima demorou para fazer a denúncia e no meio desse tempo houve a pandemia de Covid, que acabou atrasando a decisão da Justiça. Mas a mulher apresentou trocas de mensagens de Whatsapp com Lehart que comprovam os fatos. Apesar de negar as acusações, o cantor não apresentou nada que pudesse embasar sua versão, de acordo com o Ministério Público.

Como Lehart não foi preso em flagrante, não tem antecedentes criminais e compareceu a todas as audiências da Justiça, a Promotoria informou que ele tem o direito de recorrer da decisão em liberdade. O prazo para o réu recorrer começa a partir do momento em que ele é intimado. Até quinta-feira (15), a defesa do cantor não tinha dado entrada no pedido, segundo a Promotoria.

O cantor se manifestou sobre a condenação no Instagram informando que o caso corre em segredo de Justiça e que depende ainda de decisão final. Com isso, o cantor e a sua defesa não podem dar mais detalhes do processo. “Estou sendo vítima de uma grande injustiça, mas a verdade vai prevalecer. São 40 anos de carreira e 50 anos de vida acreditando na justiça e, mesmo que ela tarde, ela não falha. E a maldade não prevalecerá nunca. Obrigada por tudo”, escreveu Lehart na rede social, que desativou os comentários.

Lehart ficou famoso nos anos de 1990 com o grupo de pagode Art Popular que fez sucesso com as músicas “Pimpolho” e “Agamamou”. Ele também participou do reality show Casa dos Artistas (SBT), em 2001, e foi diretor do CCSP ( Centro Cultural São Paulo ), de maio de 2021 a fevereiro deste ano.

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