A Polícia Federal, a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, cumpre mandados de prisão temporária, buscas e apreensão e condução coercitiva na Operação Asfixia.

Antonio Archangelo

Mandado foi cumprido em Instituto de Previdência de Araras (Foto: Ilustrativa)
Mandado foi cumprido em Instituto de Previdência de Araras (Foto: Ilustrativa)

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã desta quinta-feira, 16, a segunda fase da Operação Fundo Perdido, com o fim de trazer novas provas à investigação de uma quadrilha que atuava fraudando Regimes Próprios de Previdência Social em municípios brasileiros.

A PF cumpre 8 Mandados de Busca e Apreensão em Institutos de Previdência dos municípios paulistas de Guarulhos, Suzano, Osasco, Araras, Fernandópolis, Porto Ferreira, Santa Fé do Sul e Populina. Eles foram expedidos pela 2a Vara Criminal Federal de São Paulo.

Após a análise do material apreendido na Operação Fundo Perdido, deflagrada em 11/03/2014, a Polícia Federal investiga, nessa segunda fase, o envolvimento de agentes públicos. Segundo a investigação, a quadrilha havia constituído uma empresa de consultoria financeira, que deveria indicar as melhores opções de investimento aos institutos de previdência, com o fim de complementar as aposentadorias dos servidores municipais por meio de contribuições deles, sem que tivesse que recorrer a recursos públicos. Contudo, a consultoria não só era contratada pelos municípios em razão de fraudes em licitações, como também repassava parte dos ganhos ilícitos que obtinha no mercado financeiro aos gestores dos institutos de previdência, configurando crime de corrupção.

Os principais crimes cometidos pela quadrilha são Corrupção, Fraude em Licitação, Formação de Quadrilha e Lavagem de Dinheiro, cujas penas vão de 1 a 12 anos de prisão.

De acordo com o Delegado da Polícia Federal de Piracicaba, Julio Sávio Monfardini, houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em uma autarquia municipal da cidade de Araras. “O material apreendido seguirá para a DELEFIN/DRCOR/SR/DPF/SP – Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, por onde tramita o Inquérito Policial vinculado à operação”

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