Fachada do prédio do Abrigo da Velhice São Vicente de Paulo, que fica na Rua 1 com a Av. 19

Ednéia Silva

Fachada do prédio do Abrigo da Velhice São Vicente de Paulo, que fica na Rua 1 com a Av. 19
Fachada do prédio do Abrigo da Velhice São Vicente de Paulo, que fica na Rua 1 com a Av. 19

Os idosos atendidos pelo Abrigo da Velhice São Vicente de Paulo, Lar Bethel, Hospedaria de Emaús e Centro Dia do Idoso estão sem médico. O profissional que atendia as entidades foi dispensado pela prefeitura sem aviso prévio. O desligamento ocorreu há dias sem que um novo profissional fosse designado para assumir o serviço.

Quem informa é o diretor do Abrigo São Vicente, padre Everson Damian Lunardi. Segundo ele, a entidade foi informada pelo próprio médico na segunda-feira da semana passada (1º), que ligou avisando sobre a dispensa e o encerramento do atendimento.

O padre conta que o abrigo atende atualmente 96 idosos e o médico conhecia todos os moradores e histórico de saúde. Por isso, a entidade tinha todas as necessidades respaldadas. Sem isso, terá que enfrentar dificuldades. O padre conta que na próxima sexta-feira (12) ele, bem com os diretores das demais entidades, irão se reunir com o secretário municipal de Saúde, Geraldo Barbosa, para discutir o assunto.

A gerente administrativa do Lar Betehl, Adriana Rodrigues, disse que o corte foi feito de um dia para o outro. Segundo ela, a entidade não tem tempo e condições para usar os serviços da rede pública. Além disso, ela frisa que ter um médico responsável na entidade é uma exigência da Vigilância Sanitária. A ideia agora é promover uma reaproximação com o poder público para reiterar a importância e a necessidade do serviço prestado.

A assistente social da Hospedaria Emaús, Miriele Gracine, destaca as dificuldades ocasionadas pela falta do profissional na entidade, principalmente em termos de logística. A hospedaria atende 67 idosos e muitos precisam de atendimento a cada 15 dias. Esse deslocamento é difícil porque, além do transporte, é preciso acionar um familiar para acompanhar o paciente, já que é inviável designar um profissional da entidade sem prejudicar o atendimento aos demais internos.

Para minimizar o problema, Miriele conta que está cadastrando os idosos na unidade de saúde do Cervezão para viabilizar o atendimento quando necessário, até que o problema seja resolvido.

Questionada sobre o problema, a prefeitura informou que “o médico que atendia no Abrigo São Vicente cumpriu o tempo de serviço e se aposentou. A Fundação Municipal de Saúde está tomando as providências e já tem reunião programada para definir a situação”.

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