Adriel Arvolea

26092014-131

Ofício encaminhado à Casa D’Avó – assistência à criança carente – surpreendeu pais e sua direção no último dia 16. Assinado pela secretária municipal da Educação, Heloísa Maria Cunha do Carmo, informa que a prefeitura, a partir de 2015, cessará a parceria com a entidade para adequação orçamentária. De acordo com o presidente da Casa D’Avó, João Gilberto da Silva, a justificativa não procede.

“A prefeitura mantém funcionários, que são concursados, e parcela mínima da merenda. Os demais gastos – alimentação, material e manutenção predial – são mantidos pela própria entidade. Ou seja, o funcionamento não compromete o orçamento municipal”, comenta Silva. Outro ponto é que equipamentos e móveis cedidos pela prefeitura terão que ser devolvidos ao final da parceria. “Sem mesas, cadeiras e outros recursos, como as crianças serão atendidas?”, indaga o presidente.

Desta forma, o atendimento será prejudicado e existe a possibilidade de a instituição ser fechada, que funciona há mais de 60 anos. “Ninguém nos procurou oficialmente, só mandaram ofícios. Temos uma história que é referência e modelo para Rio Claro. No momento, esta é a situação. Se for concretizado, faremos campanhas junto à comunidade e empresariado”, pontua.

A prefeitura informa que a Secretaria da Educação está reorganizando o atendimento da rede pública de ensino e, por isso, deixará de utilizar, a partir de 2015, o espaço cedido pela entidade como polo do programa Presença Esperança. A orientação é para que os pais que têm crianças no projeto escolham outro polo de seu interesse, que funcione em escola municipal. “O objetivo da mudança é otimizar recursos”, esclarece.

A administração afirma que o polo do Presença Esperança na Casa D’Avó atende 70 crianças – Silva fala em 45. Dessa forma, avalia que o número é baixo e torna-se custoso manter professores, funcionários e alimentação para atender poucos alunos. “É mais viável descentralizar o atendimento desse polo. Como os alunos são de várias regiões da cidade, a tendência é de que eles passem a frequentar um polo mais próximo de suas casas”, conclui em nota.

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