Publieditorial

O número de famílias em busca de profissionais da saúde para ajudar seus filhos com dificuldades alimentares tem sido crescente nos últimos anos. Muitas vezes as mães se culpam pela resistência alimentar da criança, e com isso sentem-se frustradas e cansadas para continuar a batalha diária de alimentar os seus filhos.

Crianças com seletividade alimentar que  são resistentes a mudanças no cardápio ou selecionam determinados alimentos por um período de tempo, muitas vezes levam os pais se sentirem confusos, pois ao mesmo tempo que se preocupam com a saúde da criança, se deparam com opiniões de familiares e até mesmo de profissionais, dizendo que isso não é um problema e que com ” o tempo passa”. Nem sempre há consenso nas condutas indicadas, podendo gerar ansiedade, frustrações e até grandes conflitos entre os pais.

É preciso entender que existem crianças que manifestam restrições alimentares por apresentarem falta de habilidade motora oral que pode prejudicar o ato de comer, outras podem interpretar os estímulos sensoriais dos alimentos de forma inadequada ou até mesmo  apresentar distúrbios gastrintestinais, gerando a não aceitação de determinados tipos de alimentos. Essas crianças geralmente recusam categorias inteiras de alimentos, como por exemplo, não come nenhuma fruta ou proteína, não aceita nada em pedaços ou desde bebê se negou a comer papas ou purês, ou somente consomem alimentos de uma determinada cor.

Há também crianças que apresentam comportamentos de fuga ou medo quando a mãe apresenta um novo alimento, outros até toleram  ver uma comida diferente no prato, mas são resistentes em toca-la ou prova-la. Encontramos crianças com dificuldades alimentares que até sentam a mesa com seus familiares no momento da refeição e tem contato com diferentes tipos de alimentos, mas quase sempre sua alimentação  é diferente do restante da família, porém em alguns casos mais extremos, encontramos crianças que nunca sentam-se a mesa ao se alimentar, precisando de ambientes variados e distrações durante o momento da refeição , causando transtornos sociais para toda a família, dificultando um passeio num restaurante, uma comemoração de um aniversário ou até mesmo uma viagem.

Se a relação que o seu filho tem com os alimentos está afetando seu desenvolvimento físico, emocional ou socibusca de profissionais da saúde para ajudar seus filhos com dificuldades alimentares tem sido crescenteal; se a hora da refeição tem provocado conflitos familiares e se você precisa pensar em diferentes maneiras de fazer seu filho comer mais em termos de variedade ou quantidade de alimentos, a procura de um profissional especializado em alimentação infantil será indicada para avaliar as causas das manifestações presentes no seu filho, e ajudar a sua  família lidar melhor com essa dificuldade.

Milena Hoffmann de Magalhães 

Fonoaudióloga formada pela Unesp

Especialista em Motricidade Orofacial

Formação em uma visão ampliada e integrada do desenvolvimento alimentar infantil 

Aprimoramento em Neurociências, Dislexia e Distúrbios da Comunicação Oral e Escrita

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