Carine Corrêa

O caso envolvendo a morte da professora de Português, Simone de Lima, esfaqueada por um aluno em março de 2013 em uma escola de Itirapina, está próximo de ser concluído.

Uma decisão do juiz determinou que o acusado T. H. H., de 33 anos, será julgado pelo Tribunal do Júri.

A acusação, representada pelo advogado Luiz Angelo Cerri Neto, informou que, como a defesa não entrou com recurso, em breve o julgamento deve ser marcado.

“É bem possível que até agosto, dentro da disponibilidade do juiz, o julgamento ocorra”, ressaltou o advogado Cerri.

Ele diz que, se condenado, o acusado irá responder por homicídio duplamente qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão.

O Tribunal do Júri é composto por sete pessoas e tem duração de um dia. Apesar de serem convocados vinte e cinco jurados, apenas sete são chamados para compor o julgamento. Cada parte pode recusar três jurados.

O advogado Luiz Cerri explica que, na próxima terça-feira (27), há compromisso envolvendo esse processo. Logo em seguida, o juiz deve intimar o advogado do réu.

Outra informação divulgado pelo advogado é que será pedida uma indenização contra o Estado, já que o acusado de assassinar Simone de Lima executou o crime dentro da escola.

“Ele entrou armado em uma unidade escolar e não havia nenhum tipo de fiscalização”, disse. “A faca estava escondida debaixo do sobretudo”, acrescentou.

O réu confessou o crime com o argumento de que a professora estaria maltratando-o.

Relembre

Simone de Lima foi morta a facadas em 11 de março pelo aluno T. H. H., de 33 anos. Ele era matriculado no programa Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O crime aconteceu por volta das 19h e o aluno teria entrado na sala dos professores, empurrado um dos docentes e atacado Simone, que não teve tempo para nenhum tipo de reação.

Quinze dias antes do homicídio, ele havia publicado uma mensagem nas redes sociais, dizendo que “No Japão o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor, pois, segundo os japoneses, numa terra em que não há professores, não pode haver imperador”.

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