Vigilância Sanitária dá dicas para o consumo de comida japonesa (foto Agência Brasil)

Ednéia Silva

Em tempos de internet, as informações circulam numa grande velocidade, muitas vezes espalhando boatos e mentiras. Foi o caso do alerta sobre o feijão contaminado, que se tornou viral nas redes sociais e WhatsApp. Para falar sobre esse e outros assuntos referentes à contaminação alimentar, o Jornal da Manhã dessa segunda-feira (5) entrevistou a nutricionista da Vigilância Sanitária de Rio Claro, Monica Marina Bonifácio Moschetta.

Sobre o boato de larva no feijão, Monica disse que esse tipo de ocorrência é impossível. Segundo ela, a temperatura na panela de pressão é muito alta e qualquer inseto não sobreviveria ao cozimento. No caso, o que foi encontrado foram radículas oriundas do próprio feijão.

Vigilância Sanitária dá dicas para o consumo de comida japonesa (foto Agência Brasil)
Vigilância Sanitária dá dicas para o consumo de comida japonesa (foto Agência Brasil)

A nutricionista orienta as pessoas a procurarem informações em sites confiáveis. Em caso de dúvida consultar o site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que emite comunicados sobre qualquer problema relativo à contaminação alimentar. A Vigilância Sanitária local também pode ser consultada.

Monica também alertou sobre os cuidados que os consumidores devem ter com o consumo de comida japonesa. Segundo ela, os peixes crus podem transmitir bactérias caso não sejam bem conservados e/ou manipulados. Os restaurantes precisam tomar uma série de cuidados, entre eles verificar a procedência do peixe, que deve ser comprado de local registrado e sifado, e transportado em caminhão refrigerado.

Além disso, o peixe deve ser refrigerado tão logo chegue ao destino. O local de preparação deve ser refrigerado com ar-condicionado. Fora isso, quem manipula o alimento deve estar com uniformes limpos trocados diariamente e com controle de saúde em dia. Homens não podem ter barba e máscaras são proibidas. O estabelecimento precisa ter licença de funcionamento expedida pela Vigilância Sanitária, cuja cor muda a cada ano. Neste ano, o documento possui bordas verdes. Conforme Monica, a licença é a garantia de que a Visa esteve no local e que o mesmo está regularizado.

A nutricionista falou ainda sobre a importância de verificar a data de validade dos produtos. O consumidor não deve consumir alimentos fora do prazo de validade. Segundo ela, o pior tipo de contaminação é aquele não aparente, ou seja, que não tem alteração no produto porque a pessoa é contaminada sem perceber. Se a pessoa se deparou com produtos vencidos, pode denunciar o fato à Visa pelo telefone 3533-1275 ou pela linha 156, que empreenderá fiscalização ao estabelecimento.

Para ouvir a entrevista na íntegra basta clicar no player abaixo.

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