Foi dentro do quarto, sentado à escrivaninha, em meio aos livros e assistindo a aulas on-line no computador que o estudante Fabrício Vitorino da Silva, 18 anos, passou os últimos meses.

Aluno da rede pública desde criança, em 2017 se formou no Ensino Médio na Escola Estadual Marciano de Toledo Piza e prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela primeira vez. Na época não conseguiu ingressar na tão sonhada faculdade de medicina, então decidiu se preparar de uma maneira diferente: “Resolvi fazer um cursinho on-line. Paguei no total R$ 300,00. Começava a estudar às 16 horas e só parava à noite. Foquei onde eu tinha mais dificuldade e procurei entender onde eu havia errado anteriormente”, afirma o jovem.

Com a avaliação da redação contando muito na nota final do Enem, elaborou uma sequência de regras que não poderia deixar de seguir: “Peguei esse caderninho de anotações e cada vez que detectava algo positivo ou negativo nos textos que escrevia colocava ali como lembrete. Isso me ajudou muito. Atenção com vírgulas, excesso da palavra ‘que’ e uso de conectivos são algumas das dicas que eu aconselho aos estudantes nas próximas edições do Enem”, contou Fabrício que, em meio a 4,1 milhões de candidatos de todo o Brasil, foi um dos 55 que receberam a pontuação máxima no texto. Em todo o Estado de São Paulo foram apenas quatro que alcançaram a nota 1000, ele o único rio-clarense. Os outros estudantes são das cidades de Franca, Pederneiras e Cotia.

Futuro

Os planos agora se voltam para a inscrição no Sistema de Seleção Unificada (SISU) e também para a nota de corte da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): “Eu sempre gostei de obstetrícia, acho uma área muito bonita da medicina, mas antes de tomar a decisão final vou primeiro me dedicar, conhecer melhor outras possibilidades para lá no meio do curso escolher o que realmente quero exercer. Uma coisa é fato: irei me dedicar ao bem-estar das pessoas”, disse o futuro Doutor Fabrício Vitorino da Silva à reportagem do JC.

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