Carine Corrêa
Foi na noite do dia 1º de junho que Rio Claro parou para assistir aos poucos minutos do que nunca havia se visto antes na cidade: uma chuva de granizo com ‘pedras’ que alcançaram o tamanho de bolas de golfe, que perfuraram vidros, telhas e amassaram carros. Um mês depois do ocorrido, empresas especializadas no comércio de telhas e na troca de vidros para veículos detalham como está atualmente a movimentação na procura por esses serviços e materiais.
Na empresa Vidrovan, que comercializa vidros para automóveis, a proprietária Célia Pavan comenta que, embora a procura tenha caído em relação ao primeiro dia depois da chuva, a empresa está recebendo uma média de 20 a 30 carros por dia. “No dia 2 de junho, o telefone não parava de tocar, e assim continuou por muitos dias. Recebemos uma média de 50 carros diariamente para fazer troca de vidro. Há dez anos que temos a empresa, nunca vi um movimento dessa dimensão”, detalha Célia.Ela ainda conta que os profissionais de funilaria que levam automóveis para a Vidrovan estimam que os danos provocados nos automóveis trarão movimentação nos setores de autos até o final do ano. “Acredito que essa previsão seja mais para a funilaria, no caso de veículos que foram amassados pelo granizo”, avaliou.
Na empresa Incomapre – que comercializa madeiras, vidros temperados, telhas, entre outros materiais – o proprietário Antonio Mendes Venturoli revela que foram vendidas mais de 300 toneladas de telha. “Nos primeiros vinte dias, a procura foi muito alta. Agora nos últimos 10 dias diminuiu, embora estejamos ainda comercializando uma expressiva quantidade do material”, frisa Venturoli.
A empresa está instalada no município desde 1973. O empresário diz que, nesse tempo todo de atuação, nunca se deparou com algo parecido. “No primeiro depois da chuva de granizo, vendemos todo o nosso estoque, que eram 20 toneladas de telha. O material mais procurado foi a telha de fibrocimento, conhecida popularmente como brasilit. O granizo quebrou até telhas esmaltadas. Para ter a ruptura desse tipo de telha é necessária uma pressão de 600 quilos”, revelou Antonio Mendes.