Favari Filho

Foi encerrada a revisão do Plano Diretor, que contou com duas grandes audiências realizadas na quarta-feira (7) e na quinta-feira (8) no auditório do Núcleo Administrativo Municipal (NAM). A coordenação dos trabalhos ficou a cargo da equipe da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema).

O encontro contou com a presença massiva de cidadãos rio-clarenses, que levantaram os cartões para aprovar as emendas do texto-base. O próximo passo é a publicação oficial das atas e do texto do Plano Diretor aprovado nas audiências. Em seguida, deve ser encaminhado à Câmara Municipal para aprovação dos vereadores.

Rio Claro encerrou a revisão do Plano Diretor em duas grandes audiências realizadas na quarta-feira e na quinta-feira
Rio Claro encerrou a revisão do Plano Diretor em duas grandes audiências realizadas na quarta-feira e na quinta-feira

Durante a votação, o prefeito Du Altimari, que também estava presente e, em alguns momentos, a exemplo de outros participantes, pedia a palavra, defendeu a verticalização da cidade. “Temos que ocupar as áreas que existem dentro do município, senão os gastos serão muito maiores”, enfatizou.

Ouvido pelo Jornal Cidade, José Cláudio Capretz, que pertence ao Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) e ao Condema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), disse à reportagem que o texto-base do Plano Diretor supre a necessidade da população rio-clarense, mas que seria importante uma Área de Expansão Urbana “em todo o contorno do perímetro urbano a partir de quinhentos metros”.

Capretz enfatizou que o estudo para se chegar ao texto-base vinha sendo formulado havia dois anos com inúmeras reuniões semanais. O Conselho conta com membros do Ciesp [Centro das Indústrias do Estado de São Paulo], Sindicato dos Construtores, Sindicato dos Corretores, Sindicato do Engenheiros Civis, entre outros.

ASPACER

Alguns setores, entretanto, não se sentiram contemplados com algumas propostas, como no caso da Aspacer. Ouvido pela reportagem, o presidente Benjamin Ferreira Neto enfatizou que as audiências são de grande importância. “Realmente as discussões têm que ocorrer com a máxima participação da sociedade. Até porque não é o ideal que tenhamos um Plano Diretor que venha a causar reflexos na vida de todos, construído por poucos grupos organizados.”

O presidente destacou ainda que as propostas têm um caráter restritivo ao setor extrativo-minerário e lembrou que Rio Claro pertence ao Polo Cerâmico de Santa Gertrudes, cuja atividade contribui para a geração de empregos, renda e que coopera para que o segmento seja muito representativo no estado, país e no mundo.

“Existe uma grande preocupação do setor cerâmico de revestimento de que o Plano traga em seu conteúdo condições que sejam muito restritivas à atividade da mineração de forma a não permitir que a atividade minerária possa ser realizada em Rio Claro.”

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