O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), da Força Área, detectou formações de grande intensidade no dia 1º de junho

Antonio Archangelo

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), da Força Área, detectou formações de grande intensidade no dia 1º de junho
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), da Força Área, detectou formações de grande intensidade no dia 1º de junho

De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, o mesmo sistema agiu na região, propiciando a chuva de granizo que atingiu Rio Claro no dia 1º de junho e a microexplosão que devastou pontos de Campinas no final de semana, 3 e 4 de junho.

De acordo com a pesquisadora Priscila Coltri, do Cepagri, foram registrados, no dia 1º, 24,2 mm de chuva. Grandes massas de ar quente e úmido que vieram da Região Norte confluíram para o Estado de São Paulo e simultaneamente chegaram massas de ar frio da Região Sul. Esse choque de massas causou o alto índice de chuva, provavelmente ligado ao sistema vigente desde o último dia de maio”, citou à reportagem do Jornal Cidade.

“O que aconteceu em Rio Claro e Charqueada, no dia 1º, com nuvens grandes propiciando a chuva de granizo. A diferença é que, em Campinas, a base da nuvem meio que explodiu e tudo o que estava dentro veio para o chão. Estes fenômeno foram formados pelo mesmo sistema que agiu na região”, comentou.

O técnico da estação meteorológica do Centro de Análise e Planejamento Ambiental (Ceapla) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, Carlo Burigo, confirma que as nuvens que se formaram sobre a cidade foram do tipo Cumulonimbus. A tempestade severa com granizo que atingiu a cidade chegou à precipitação de 37 mm. “Desde o fim de maio e junho nuvens do tipo cumulonimbus, comuns no verão, se formaram. Estou aqui há 23 anos, 50 anos de idade e não tinha presenciado uma tempestade deste porte. Também questionei professores e não existe registro histórico deste tipo no município.”

“Essa nuvem chegou a 10 mil metros de altura e da base para o interior a temperatura é negativa, por isso a formação do granizo. Mas não teve cone e não tocou o solo, o vento chegou a 66 km” , detalhou Burigo sobre a tempestade que atingiu o município no dia 1º.

NOTA DA AERONÁUTICA

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) confirmou ao JC que, no dia 1º de junho, o radar meteorológico de São Roque (SP) detectou formações de grande intensidade, com deslocamento ao litoral de São Paulo, atingindo a região de Rio Claro. “Todos os alertas meteorológicos são emitidos aos usuários do sistema brasileiro de aviação, sempre que houver potencial de impactar a segurança”.

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