A partir das 10h de sábado (04) o evento acontece na Vila Aparecida (Foto: Arquivo JC)

Vivian Guilherme

A partir das 10h de sábado (04) o evento acontece na Vila Aparecida (Foto: Arquivo JC)
A partir das 10h de sábado (04) o evento acontece na Vila Aparecida (Foto: Arquivo JC)

A Malhação de Judas é tradição na Semana Santa e, em Rio Claro, se repete há mais de 20 anos no bairro Vila Aparecida. O evento é promovido pela comunidade do bairro que se une para seguir essa antiga tradição.

Segundo Jacqueline Monnaka, proprietária de uma lanchonete na Avenida 22, entre ruas 1 e 1-A, o evento é muito aguardado por todos e a avenida fica tomada por pessoas de toda a cidade.

A malhação acontece no sábado (04), a partir das 10h, em frente à lanchonete. Jacqueline conta que o evento é aberto a toda a comunidade e que crianças poderão contar com a distribuição de doces, pipoca e refrigerante. “Vai ser uma festa para todos”, convida Jacqueline.

Quem quiser contribuir com doações de quitutes para as crianças pode deixar diretamente na lanchonete ou entrar em contato através do telefone: (19) 3023-3364.

Sobre o personagem que deve estampar o Judas este ano, ela revela: “Será o mosquito da dengue. Estava esperando chegar o boneco, porque na verdade ganhamos ele pronto! Mas, a minha intenção já era colocar o mosquito da dengue pendurado, pra gente detonar esse traidor que anda judiando de toda a nossa cidade”, conclui.

História

A Malhação do Judas foi introduzida em nossa cultura lá atrás, no século 16, pelos portugueses e espanhóis que chegavam ao País trazendo o cristianismo e catolicismo.

A Malhação também é conhecida por enforcamento ou queimação. A tradição atualmente representa o julgamento popular contra Judas Iscariotes, um dos discípulos de Jesus que teria o traído, segundo a Bíblia. No Brasil, faz-se também o julgamento de Judas, antes da sua condenação e execução.

A relação com a história bíblica, no entanto, não é a única a explicar a Malhação: o Judas queimado também seria uma personificação das forças do mal, vestígio de cultos pagãos para obter bons resultados, no início e no fim das colheitas, realizados em várias partes do mundo. Há ainda alguns historiadores que afirmam ser o costume remanescente da festa pagã dos romanos.

Nos dias atuais é comum que o boneco seja feito com a fisionomia de alguma personalidade do mundo político, social, econômico, artístico ou esportivo que mereça portanto ser ridicularizada e condenada.

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