Com um a mais desde os 25 minutos do primeiro tempo, o Galo Azul, mais consistente, dominou, perdeu pênalti e a chance de vencer

Matheus Pezzotti

Léo costa, no momento da cobrança de pênalti, mal batida, que o goleiro Neneca defendeu
O meia Léo Costa, no momento da cobrança de pênalti, mal batida, que o goleiro Neneca defendeu na melhor chance que o Galo Azul teve de marcar na partida

Um ponto conquistado, mas bastante lamentado. Desta maneira, o Rio Claro FC ficou no 0 a 0 com o Botafogo, no Schmidtão, em jogo realizado no final da manhã deste domingo (28), pela sétima rodada do Paulistão.

Ao final do jogo, o Galo Azul, agora com 8 pontos, subiu para terceiro no Grupo D e em 11º lugar na classificação geral. O Botafogo, com 7 pontos, ficou em quatro no Grupo A e na zona do rebaixamento, na 15ª posição.

O time comandado por Sério Guedes, que fez a sua estreia em casa, volta a jogar no próximo domingo (6), às 18h30, contra o Linense, novamente no Schmidtão.

“É tudo que eu queria. Trazer resultado, calor humano e apoio e houve apoio. O torcedor quer o gol e cobra por isso, mas é uma sensação diferente, não tem como dizer que não. O dia a dia está sendo muito legal em Rio Claro, porque estou encontrando muita gente que há muitos anos eu não via. Muita gente que torceu, que gosta de mim e sabe que eu posso acrescentar e isso está sendo um diferencial altamente relevante e por mais idade e experiência que tenha, não tem como dizer que não causa uma emoção, até porque sou uma pessoa completamente emotiva e intensa naquilo que faço. Gostaria de ter oferecido um melhor resultado para trazer mais calor humano na semana seguinte, mas pedimos o apoio para que o torcedor volte”, disse o treinador a respeito de como se sentiu estreando em um jogo oficial pelo Rio Claro em sua casa.

O JOGO

O Rio Claro FC começou com postura tática ofensiva, organizado no meio de campo, procurando ter a posse de bola e sempre em progressão ao gol adversário, enquanto que o Botafogo, jogava recuado, também com muito toque de bola, à espera de um contra-ataque.

Aos 25 minutos, após bola alçada na área do Galo Azul, o atacante Serginho agrediu André Mascena e foi expulso. Com um a menos, o Botafogo recuou ainda mais e o domínio do Azulão se tornou ainda maior, mas centralizava as jogadas, sem explorar as laterais e sofria com a marcação adversária, trocando passes na intermediária, tentando achar espaços.

Aos 38, Romarinho recebeu em profundidade, avançou, mas bateu em cima de Neneca, que saiu bem do gol para bloquear a investida do ataque rioclarista.

Na volta para o segundo tempo, Guedes promoveu a estreia do centroavante João Paulo e tirou um lateral e colocou Índio, mais um atacante. Com isso, o Rio Claro FC ficava ainda mais com a bola no meio de campo, em praticamente um jogo de ataque contra defesa e com um centroavante em campo, cruzamentos começaram a ser feitos em busca do gol.

Aos 22, após cruzamento, Mirita puxou João Paulo dentro da área. Na cobraná do pênalti, Léo Costa bateu mal, a meia altura e telegrafando o canto direito de Neneca, que fez a defesa.

Mas a chance desperdiçada não abateu o Galo Azul, que seguiu em cima, enquanto que o Botafogo levava relativo perigo ao gol de Lucas Frigeri em esporádicos contra-ataques. E com Neneca como destaque, o Botafogo segurou o empate sem gols até o apito final.

Questionado sobre a consistência do time, que tem, a cada jogo, trabalhado mais a bola, apresentando evolução e um melhor futebol, faltando ainda ser um pouco mais incisivo, mas que tem demonstrado vontade de buscar o gol e ser organizado, Guedes disse que ficou com a sensação de que a falta de um pequeno detalhe, poderia ter dado a vitória ao Galo Azul.

“Parabéns para você, não é todo jornalista que tem esse discernimento e essa noção tática para saber avaliar, porque a maioria é passional. A realidade é essa mesmo que você disse. Realmente não falta essas coisas que você citou, mas precisamos adquirir, isso não se compra no supermercado. Isso vai ter que sair da alma de cada um. Mas fica o sentimento de que um detalhe, um passe, uma conversa, alguma coisa a mais poderia ter nos dado três pontos e uma baita condição na competição. Não aconteceu, é assimilar e voltar melhor e mais forte, sem lamentar e uma nova oportunidade vai surgir e a gente precisa se portar de uma maneira melhor dentro daquilo que você avaliou de uma maneira inteligente, mas obviamente, mais consistente, mais capacitado para que o gol aconteça e os pontos e a vitória saiam que é o que a gente busque na competição”, analisou o treinador.

FICHA TÉCNICA
RIO CLARO FC 0 X 0 BOTAFOGO
Local: estádio Augusto Schmidt Filho, em Rio Claro
Campeonato: Paulistão, 7ª rodada
Público: 3.530 pessoas
Renda: R4 25.440,00
Árbitro: Rafael Claus
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Leandro Matos Feitosa
Cartões amarelos: Odair Lucas e Jean Patrick (Rio Claro FC) e Daniel Borges e Mirita (Botafogo)
Cartão vermelho: Serginho aos 25’/1T (Botafogo)

RIO CLARO FC
Lucas Frigeri; André Mascena (Índio), Odair Lucas, João Gabriel e Felipe Saturnino (Cleitinho); Elsinho, Jean Patrick, Léo Costa e Thiago Cristian; Romarinho e Lucas Xavier (João Paulo). Técnico: Sérgio Guedes

BOTAFOGO
Neneca; Daniel Borges, Caio Ruan, Mirita e Jussandro; Rodrigo Thiesen, Allan Dias (Augusto Ramos), Diego e Felipe (Samuel); Diogo Campos (Carlos Alberto) e Serginho. Técnico: Toninho Cajuru (interino)

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