Wagner Gonçalves

As perdas se caracterizam pela diferença entre o volume de água captado e produzido em relação ao volume efetivamente medido no hidrômetro dos imóveis
As perdas se caracterizam pela diferença entre o volume de água captado e produzido em relação ao volume efetivamente medido no hidrômetro dos imóveis

No Brasil, mais de 40% da água é perdida, municípios da região, apesar de encontrarem-se abaixo da média nacional, desenvolvem medidas com o intuito de atenuar índices de desperdício de água. As perdas se caracterizam pela diferença entre o volume de água captado e produzido (água tratada e distribuída) em relação ao volume efetivamente medido no hidrômetro dos imóveis.

O monitoramento das perdas é feito, calculando e comparando os volumes diários, mensais e anuais. O índice de perdas de água na distribuição em Santa Gertrudes é um dos menores da região. O município apresenta atualmente perdas inferiores a 28%.

Em contrapartida, o quadro não segue a mesma tendência em cidades da região, como: Araras (40,1%), Santa Bárbara D´Oeste (40,36%), Piracicaba (47,97%), Engenheiro Coelho (48,20%) e Rio das Pedras (51,48%). Apesar de serem menores que a média nacional, Ipeúna e Rio Claro estão acima dos índices de Santa Gertrudes, com 35,62% e 38,58%, respectivamente.

Entre as principais causas, apontadas pela Foz, estão vazamentos em redes, vazamentos em ligações, operação de reservatórios, irregularidades em ligações, submedição dos hidrômetros (em função do desgaste natural pelo tempo de uso), operação irregular do sistema, entre outros.

Intervenções

Devido aos índices consideráveis, Rio Claro, por meio do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (DAAE) atua com, por exemplo, a substituição das comportas da ETA 1 e ETA 2 e revestimento da Central de Distribuição de Água da ETA 2. Além disso, houve substituição de rede de abastecimento, visto que em algumas regiões as tubulações eram muito antigas, com implantação de mais de 24 km de novas adutoras; construção de sete reservatórios elevados; ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA2) e construção da barragem no Rio Corumbataí.

Em Santa Gertrudes, existem medidas preventivas, como o controle das pressões na rede de distribuição que, quando automatizados, evita oscilações de pressão, reduz ocorrências de vazamentos, mantém a continuidade do abastecimento de acordo com as variações de consumo entre dias e horários, e reduz perdas, isso além dos investimentos em automação de reservatórios e trocas de redes, conforme estão ocorrendo no município.

Contribuição popular

Levando-se em conta o período de estiagem em diversas regiões do Estado, apesar de ainda não ser necessário o racionamento, como é o caso de Santa Gertrudes, é preciso conscientização e participação de todos para o melhor aproveitamento e utilização deste recurso.

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