Tanto a família quanto a rede de serviços são fundamentais para a luta contra as drogas

Adriel Arvolea

A luta contra as drogas não envolve somente o usuário. A inclusão da família no tratamento é um ponto fundamental para a eficácia da recuperação. Seja a portadores de transtornos psiquiátricos ou dependentes químicos, esse apoio somado ao acesso a serviços públicos são uma dinâmica para a busca de resultados.

Rio Claro, por exemplo, estruturou uma rede de serviços de saúde mental/atenção psicossocial baseada na lógica antimanicomial e que valoriza o cuidado no território e com apoio e participação familiar. Os serviços de atenção psicossocial fora de unidade hospitalar destinados ao atendimento de pessoas com problemas de saúde mental são chamados de CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.

De acordo com a Fundação Municipal de Saúde, no serviço é realizado atendimento individualizado e personalizado para cada usuário, ou seja, estabelece-se o projeto terapêutico singular. “Os CAPS, conforme a sua modalidade, são compostos por equipes multidisciplinares com assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiras, médicos psiquiatras e clínicos gerais, técnicos de enfermagem e outros profissionais de apoio administrativo”, explica.

Na rede local, há todas as modalidades do serviço, que são: CAPS III, CAPS AD II e CAPS I. Com relação às drogas lícitas e ilícitas, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS AD “Luzan Yara Pereira” caracteriza-se pela atenção às pessoas com problemas relacionados ao uso abusivo de álcool e outras drogas, com idade superior a 18 anos, prestando atendimento em regime de atenção diária, promovendo ações de reabilitação psicossocial.

Atento aos menores, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil – CAPS I- é um serviço da rede de atenção psicossocial especializada que atende somente crianças e adolescentes do município de Rio Claro, de 3-18 anos incompletos, que apresentem transtornos severos/persistentes, e uso abusivo de álcool e outras drogas.

Tanto a família quanto a rede de serviços são fundamentais para a luta contra as drogas
Tanto a família quanto a rede de serviços são fundamentais para a luta contra as drogas

Como funciona?

O atendimento no CAPS é realizado durante o dia e o usuário do serviço retorna para casa ao final da tarde, mantendo seus laços familiares e vínculos sociais, reduzindo, desta maneira, a necessidade de recorrentes internações hospitalares. Também há a possibilidade de contenção das crises agudas psiquiátricas nos leitos dos próprios CAPS da modalidade III, sem a necessidade de encaminhamento.

“Em todos os CAPS do município são realizados os ‘acolhimentos’ diariamente, sem necessidade de agendamento prévio, ou seja, a ‘porta de entrada’ da saúde mental deve ser diretamente no serviço. Lá na unidade, um profissional avalia o caso e discute com a equipe se o mesmo poderá ser incluído no serviço do CAPS ou se será encaminhado para outros serviços da rede”, informa a Fundação.

O objetivo é a reabilitação psicossocial das pessoas que dele necessitam, ou seja, propiciar que os pacientes sejam capazes de se manter autônomos e com o maior nível de independência possível no contexto da família e da comunidade, com oportunidade de moradia, convívio, trabalho e lazer. A manutenção dos laços sociais e muitas vezes a reestruturação desses laços é um grande desafio e ultrapassa a área de atuação da saúde, envolvendo outras áreas.

Serviços

CAPS AD – Avenida 2, 522, entre as ruas 6 e 7, Centro. Telefone: 3525-7204

CAPS I– Rua 11, 1.945, esquina Avenida 18, Santa Cruz. Telefone: 3523-3754

As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, no horário comercial.

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