Pedras de diamante apreendidas durante investigações da Polícia Federal em Terra Indígena de Rondônia — Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (24) dois mandados de busca e apreensão em dois endereços distintos na cidade de Rio Claro, que está na lista da rota da exploração e comércio ilegais de diamantes extraídos ilegalmente da Terra Indígena Roosevelt, em Rondônia.

A informação foi confirmada à reportagem do Jornal Cidade pelo delegado Mateus Arcas, da Polícia Federal de Porto Velho (RO): “A “Operação Crassa” ainda está em andamento porém o que já sabemos é que em Rio Claro foram apreendidos documentos, celulares e algumas pedras preciosas. Existem no município pessoas ligadas a esse esquema e tudo o que foi apreendido será de fundamental importância para acabarmos com essa organização criminosa”, afirmou a autoridade.

Outros 51 mandados são cumpridos por um efetivo de 150 policiais nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Roraima e o Distrito Federal.

A investigação teve início em 2018, com a prisão em flagrante de três indivíduos em posse de diversas pedras de diamante, que haviam se deslocado de São Paulo a Rondônia para adquiri-las. Na ocasião, admitiram que os diamantes eram da Reserva Roosevelt.

Durante as investigações, houve êxito na identificação do esquema criminoso, que conta com a participação de garimpeiros, lideranças indígenas, financiadores do garimpo, avaliadores, comerciantes e intermediadores, que estabelecem a conexão entre os fornecedores e o mercado consumidor nacional e internacional.

Dentre os crimes investigados estão organização criminosa, usurpação de bens da União e lavagem de dinheiro.

O termo Crassa remete ao estado bruto dos diamantes, tendo sido identificado no início das investigações a referência Bruto ao lado dos contatos relacionados a garimpeiros e intermediários do comércio ilegal do mineral na agenda dos indivíduos presos em flagrante.

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