A Secretaria Municipal de Segurança, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Sistema Viário de Rio Claro divulgou no início da noite de ontem (27) os números do primeiro dia de operação dos radares móveis: 85 motoristas foram autuados por excesso de velocidade.

Três equipamentos foram revezados ao longo do dia em pontos já estabelecidos e divulgados com antecedência pela Prefeitura Municipal e flagraram as infrações: “Quando transferimos os dados para o computador, confesso que fiquei surpreso. Isso só comprova que infrator é sempre infrator e precisa ser penalizado de alguma forma. Fizemos uma ampla divulgação antes do início dos trabalhos e mesmo assim tivemos este alto número. O trânsito, as leis e principalmente a velocidade estabelecida nas vias precisam ser respeitados. Não colocamos nenhum radar escondido, todos estavam visíveis aos motoristas que, mesmo assim, seguem colocando em risco a própria vida e a de terceiros também. O trânsito é uma construção coletiva e precisa da colaboração de todos para existir de maneira segura e organizada”, afirmou Marco Antonio Bellagamba, secretário municipal de Segurança, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Sistema Viário.

Opiniões divididas

Desde o anúncio do retorno da fiscalização por meio dos radares, o rio-clarense tem se manifestado, principalmente nas redes sociais, das mais diferentes formas. As falas vão desde “indústria da multa” a “quem não deve não teme”.

“O município tem outras prioridades mais urgentes a serem discutidas e colocadas em prática. Na minha opinião, é uma opção da gestão pública apenas para fins de arrecadação”, expõe o entregador Douglas Fabrício.

Já o motorista Wanderlei de Souza é enfático na colocação: “Para mim pode ter um radar em cada quarteirão, já que está previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Lei não se discute, se cumpre. E para quem cumpre a lei, não tem com que se preocupar. O peso no bolso só será sentido por quem não se importa com a própria segurança e a segurança dos outros. Estamos cansados de ver mortes em todo lugar. Quando acontece uma tragédia, daí todo mundo é a favor, se não acontece, todo mundo critica que não precisava de fiscalização”, conclui.

O aposentado Celso Luiz vai além: “Sinceramente no âmbito da redução de acidentes eu não acho que seja a solução. O que eu percebo é que os motoristas vêm em alta velocidade e, quando chegam perto do radar, pisam no freio para acelerar novamente na sequência. Quem não tem educação e respeito só mesmo cassando a carteira definitivamente”, ponderou.

Em breve

Além de radares móveis, o município terá 24 pontos fixos de fiscalização eletrônica. Dezenove desses dispositivos fixos serão equipados com Leitores Automáticos de Placas (LAP) e outros cinco serão exclusivamente de LAP, que identificam veículos roubados a partir de interligação ao sistema Detecta do governo estadual. Assim como fez com os radares móveis, a prefeitura de Rio Claro vai avisar com antecedência a data de início de operação dos radares fixos e lombadas eletrônicas.

Mortes

Em quatro estados, as mortes no trânsito superam as da violência pública. Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária apontam que o trânsito mata mais do que as armas em Tocantins, Piauí, São Paulo e Santa Catarina. Em outros cinco, há quase um empate (Rondônia, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso).

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