Gravação do samba-enredo, recusado pela diretoria executiva, aconteceu em São Paulo

Lourenço Favari

O secretário do conselho deliberativo e membro da ala de compostores d’A Casamba, Cidinho Geniselli, escreveu nas redes sociais nota de esclarecimento sobre seu afastamento da agremiação e a decisão da diretoria executiva de ter excluído o samba-enredo produzido pela ala.

Gravação do samba-enredo, recusado pela diretoria executiva, aconteceu em São Paulo
Gravação do samba-enredo, recusado pela diretoria executiva, aconteceu em São Paulo

“O samba-enredo da Escola A Casamba, composto por Betinho do Cavaco, Osvaldinho da Casamba, mestre Zaros e por mim, que foi aprovado pela diretoria plena da escola, já gravado em estúdio, com mil cópias de CDs impressos, foi hoje excluído pela chamada ‘diretoria executiva’ por cinco votos a dois. Os compositores resolvem considerar o samba como uma homenagem aos 40 anos da nossa gloriosa Casamba, que sempre nos deu alegria e da qual temos orgulho de participar. Quanto ao enredo ‘40, do fascínio da vida ao tempo de mudança’, de minha autoria, solicitei hoje via ofício ao presidente da escola que não mais seja apresentado pela agremiação, em respeito aos meus 40 anos de Casamba”, informou.

Em entrevista ao JC, Cidinho esclareceu que o samba-enredo foi apresentado previamente para a diretoria, que aprovou a gravação. “Fizemos a gravação em São Paulo, mandamos fazer 1.000 CDs e surgiu um novo samba. Então a diretoria executiva decidiu que seria este outro samba”, frisa ao lembrar que por tradição e convite da presidência a ala de compositores sempre é a responsável pela produção do samba-enredo.

“Fizemos a gravação porque foi aprovada pelo presidente. A alegação é de que o presidente da escola não sabia. E isso não procede. Nós nem tivemos direito de defesa”, comenta.

Ele argumenta que A Casamba está dividida. “Nove pessoas pediram demissão ou afastamento da escola. A Casamba está dividida”, diz.

Entre os membros que se afastaram, segundo Cidinho, estão o mestre de bateria e vice-presidente Guilherme Zaros, que pediu formalmente demissão, além dos membros da ala de compositores Betinho do Cavaco, Osvaldinho Geniselli, além do próprio Cidinho Geniselli. “Foi uma humilhação. Portanto gostaríamos que não fosse usado mais o enredo.”

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