além dos tambores escavados em madeira maciça, o grupo também fabrica bancos de madeira em peça única, pilões, gamelas, entre outros

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além dos tambores escavados em madeira maciça, o grupo também fabrica bancos de madeira em peça única, pilões, gamelas, entre outros
Além dos tambores escavados em madeira maciça, o grupo também fabrica bancos de madeira em peça única, pilões, gamelas, entre outros

Em Rio Claro, os raios de uma forte tempestade são a certeza de um novo tambor escavado. Na cidade, os membros da Associação Cultural Cruzeiro do Sul lutam desde 2010 para manter viva a tradição de fabricar, de maneira totalmente artesanal, tambores e outros instrumentos musicais a partir de toras maciças de madeira, oriundas de árvores derrubadas naturalmente pela ação do tempo.

A entidade foi contemplada, por meio de edital público lançado pela Caixa Econômica Federal, para receber recursos do Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro. O banco patrocinará a reformulação da oficina onde são produzidos os instrumentos, a aquisição de equipamentos, ferramentas e insumos, além da capacitação de novos artesãos e a divulgação do trabalho. Tudo isso com um objetivo principal: manter viva a tradição.

O Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro tem por objetivo valorizar a riqueza cultural brasileira expressa por meio da produção artesanal, em todas as regiões do país, patrocinando projetos que envolvam todas as etapas do processo produtivo do artesanato. O programa selecionou 11 projetos para realização ao longo de 2015, com investimento total de R$ 421 mil.

“A produção de tambores escavados é uma atividade praticamente extinta”, explica Ivan Bonifácio, presidente da Associação Cultural Cruzeiro do Sul. Segundo ele, o patrocínio será fundamental para o resgate e a manutenção sustentável do artesanato feito pelo grupo, pois almejar lucro financeiro a partir dessa atividade é praticamente inviável. “É difícil obter a matéria-prima, e a produção dos instrumentos exige um conhecimento técnico bastante específico. É um trabalho minucioso e demorado, que enfrenta a carência de locais apropriados e das ferramentas necessárias. Nos dias atuais, em que grande parte da demanda geral é atendida pela indústria, o trabalho artesanal, apesar de insubstituível, encontra pouca valorização”, explica Ivan.

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