Ednéia Silva

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No dia 29 de agosto foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O tabagismo é considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por causa da dependência da droga nicotina presente em qualquer derivado do tabaco. Diante disso, os órgãos de saúde oferecem tratamento aos fumantes que queiram se livrar do vício. Em Rio Claro esse atendimento é feito por meio do Programa de Controle do Tabagismo, que hoje atende 30 pessoas divididas em duas turmas.

De acordo com a prefeitura, o programa acontece no Centro de Especialidades em Saúde Mental (CESM), vinculado à Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro. “Uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, terapeuta ocupacional, técnico de enfermagem e psiquiatra auxilia as pessoas a se livrarem do vício e a se manterem abstêmias mesmo após o tratamento, que tem duração de três meses com encontros semanais”, explica a prefeitura, ressaltando que, “além de tratá-las, O CESM visa a transformá-las em agentes multiplicadores no combate ao tabagismo”.

Fumantes interessados em participar do programa podem se inscrever no CESM, que fica na Rua 12, número 175, no bairro Consolação. O candidato faz o cadastro e aguarda ser chamado. Novas vagas são abertas e novas turmas formadas ao término do tratamento de cada grupo.

A Secretaria de Estado da Saúde observa que o fumante precisa mudar de hábito para parar de fumar. Além disso, é necessário entender que o processo provoca reações adversas, como irritabilidade, ansiedade, sonolência e inquietação. “Os tratamentos contra o tabagismo envolvem, além do combate químico contra a nicotina, componentes psicológicos e de condicionamento. A pessoa precisa estar realmente disposta e para isso deve pedir ajuda, como em postos do serviço público, que dão suporte de grupo e medicamentoso para poder largar o cigarro”, alerta a pasta.

A secretaria destaca ainda os efeitos nocivos do tabaco, tanto para os fumantes ativos quanto para os passivos (aqueles que inalam a fumaça ambiente). O fumo é fator de risco para mais de 50 doenças e a maior causa de morte que poderia ser evitada. “A cada tragada de um cigarro, um indivíduo inspira mais de quatro mil substâncias, entre elas a nicotina, o alcatrão, o monóxido de carbono, e mais outras 60 que são comprovadamente cancerígenas”, comenta.

A pasta continua dizendo que “além do câncer, doenças que muitas vezes não são relacionadas podem ser causadas pelo cigarro, como a psoríase, a catarata, a menopausa precoce e até rugas profundas”. Para os fumantes passivos, o risco também é grande. Eles têm 30% a mais de chance de desenvolver câncer de pulmão do que aqueles que ficam longe da fumaça. Além disso, para o fumante passivo, o tabagismo é a terceira morte evitável.

Mesmo com intensa divulgação dos malefícios do tabaco, o ato de fumar ainda é popular. Segundo dados do Vigitel 2014, 10,8% dos brasileiros são fumantes. O consumo é maior entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%). Ainda segundo o Vigitel 2014, o uso de cigarros é maior na faixa etária de 45 a 54 anos (13,2%) e menor entre os jovens de 18 a 24 anos (7,8%).

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