O preço do tomate voltou a subir, com isso os consumidores têm procurado por produtos substitutos para fazer economia

Ednéia Silva

O preço do tomate voltou a subir, com isso os consumidores têm procurado por produtos substitutos para fazer economia
O preço do tomate voltou a subir, com isso os consumidores têm procurado por produtos substitutos para fazer economia

E o tomate voltou a ser notícia por causa da alta do preço. O fruto vem sendo considerado um dos vilões da cesta básica. É o que revela pesquisa feita pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Cepe), do Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas).

O estudo aponta que o preço do tomate aumentou o valor da cesta básica em Araras, Conchal, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Rio Claro e São Paulo. Em Rio Claro, o quilo do produto subiu 32,31%, passando de R$ 6,19 em março para R$ 8,19 em abril. Com isso o valor da cesta básica teve alta de 7,5%.

A pesquisa do Cepe revela que Rio Claro tem o preço da cesta básica mais caro entre as cidades pesquisadas: R$ 380,25, com alta de 7,5% de março para abril. O consumidor precisaria trabalhar 105,2 horas para comprar a cesta. Em Araras, a cesta básica custa R$ 345,45, alta de 6,1%, e 96,4 horas de trabalho; em Santa Gertrudes o custo é de R$ 314,24 (7,7% e 87,7); e em Cordeirópolis R$ 335,98 (6,7% e 93,8).

A elevação no preço do tomate lembra o que aconteceu em 2013, quando o produto quadruplicou de preço, foi banido do cardápio e virou meme nas redes sociais. Após cair de preço e voltar a fazer parte da mesa do brasileiro, o fruto volta a subir e a assustar as donas de casa.

“A esse preço não dá pra comprar, o jeito é substituir”, comenta a consumidora Maria Antonia Rezende. Segundo ela, o fruto dobrou de preço de um mês para outro. Antes o quilo custava entre R$ 3,00 e R$ 4,00, agora não é encontrado a menos de R$ 6,00 e nem sempre de boa qualidade. “O preço sobe, mas a qualidade não acompanha”, reclama.

Solange de Oliveira tem utilizado molhos prontos e outros tipos de salada para fugir do preço alto. “Nesse preço não dá pra comprar todo dia, só de vez em quando”, comenta. O alto valor do produto o fez desaparecer dos anúncios dos varejões e supermercados.

A elevação no preço do tomate é creditado ao aumento na demanda aliado à baixa oferta do produto no mercado. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ/USP, “nas principais regiões que produzem tomate na safra de inverno, produtores enfrentam novamente problemas relacionados à incidência de vira-cabeça e geminivírus”.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Notícias:

Programa combate lentidão na abertura de empresas

Brasil: número de mortes por ataques de cães cresce 27%