Vereadores governistas conversando antes do início da sessão ordinária realizada nessa segunda-feira, 24 de novembro

Antonio Archangelo

Vereadores governistas conversando antes do início da sessão ordinária realizada nessa segunda-feira, 24 de novembro
Vereadores governistas conversando antes do início da sessão ordinária realizada nessa segunda-feira, 24 de novembro

A três sessões para a eleição da Mesa Legislativa, a oposição articula o lançamento de um nome capaz de aglutinar “descontentes” no Legislativo. O nome mais cotado é o do vereador Juninho da Padaria, do Democratas. De acordo com ele, “existe uma possibilidade”. O vereador Geraldo Voluntário, do mesmo partido, também confirmou a especulação e já se lançou como candidato a primeiro-secretário da Casa. “Se o Juninho não sair, saio eu. Mas ele vai ser mesmo candidato a presidente”, disse Voluntário.

A estratégia é convencer os pares da chamada “oposição’ ao governo Altimari e ganhar simpatia de “rebeldes” da bancada governista. Além de Juninho e Geraldo, a oposição espera os votos de Paulo Guedes (PSDB), Pereira (PTB) e Calixto (PRP). Entre os nomes da bancada pró-Altimari para empatar a votação estariam o do vereador Júlio Lopes (PP) e Anderson Christofoletti (PMDB).

“Eu vou ser candidato também, pode colocar. Posso ter apoio da bancada governista ou da oposição”, pontuou o atual vice-presidente Júlio Lopes, ao ser indagado sobre a conjuntura.

Já Anderson disse que respeitará a decisão do partido, que deverá escolher entre ele e João Zaine. “Vou respeitar a decisão do partido”, disse, otimista, na última semana.

De acordo com o líder do governo na Casa, João Zaine, a decisão deve ser tomada entre esta semana e a próxima. “Estou entre a cruz e a espada”, citou Maria do Carmo, o terceiro membro do PMDB no Legislativo. “Coloca que também serei candidata”, disse aos risos.

No PT, nenhum nome foi ventilado, já que acordo era que no último biênio o PMDB ocupasse a presidência da Casa. Porém, com ausência de consenso, a reeleição de Agnelo Matos ganha força. Partidários próximos esperam que a bancada governista resolva o impasse nos próximos dias. “Ele perdeu muito como presidente, enquanto vereador. Ficou longe do eleitoral”, pontuou um tradicional petista.

Já o vereador Dalberto Christofoletti, que nos bastidores é considerado motivo de impasse na articulação, por não concordar com os nomes do PMDB, não deve sair candidato a presidente. De acordo com sua assessoria, até o momento ele não tocou no assunto e deve apoiar o nome indicado pela base. A eleição deve acontecer até o próximo dia 15 de dezembro, de acordo com informações da procuradoria jurídica da própria Câmara. Cabe lembrar que tramita, no Legislativo, uma proposta para mudar os critérios de desempate na eleição da Mesa, ao invés do vereador com mais mandatos, venceria o mais velho.

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