Trecho da Avenida Nossa Senhora da Saúde: animais mortos são deixados indevidamente com bastante frequência no local

Murillo Pompermayer

 Trecho da Avenida Nossa Senhora da Saúde: animais mortos são deixados indevidamente com bastante frequência no local

Trecho da Avenida Nossa Senhora da Saúde: animais mortos são deixados indevidamente com bastante frequência no local

Os animais tornaram-se imprescindíveis na vida de muitos. Gatos, cachorros, pássaros, peixes, répteis, entre outros, passaram, especialmente nos últimos anos, a ter uma condição diferenciada dentro das famílias. Presentemente, a afeição para com eles é evidenciada de forma ímpar e com maior veemência levando-se em consideração outras épocas, não tão longínquas, em que eram alimentados com o que restava das refeições diárias. O amor incondicional, muitas vezes, faz com que sejam empregados aos pets valores altíssimos, com a finalidade de oferecer a eles alguns mimos em troca da afeição irrestrita que se recebe – mesmo tendo a certeza de que o fazem, no entanto, não esperam que haja reciprocidade.

Conforme o portal Pet Brasil, que disponibiliza informações, números e expectativas sobre a atividade do segmento no país, a indústria brasileira voltada aos animais de estimação foi responsável por um faturamento de mais de R$ 16 bilhões em 2014. Trata-se de um crescimento de 10% ante o ano de 2013, o que faz com que o país esteja na segunda colocação, com folga, no mercado mundial. À frente, somente os Estados Unidos. Todavia, um dia eles se vão.

Quando o sofrimento se instaura, como proceder para que tenham o descanso merecido e digno? Vânia Bordotti relata que já sofreu este tipo de perda e recorreu à opção da maioria. “Quando acontece, enterro no meu quintal mesmo, já que há um bom espaço de terra. Em Piracicaba, por exemplo, já existe um cemitério para animais, e penso que Rio Claro deveria ter também”, discorre. Já Késia Pita afirma agir do mesmo modo quando perde um animal de estimação. “Meu cachorro se foi em 2003 e meu gato em 2012. Ambos foram enterrados no quintal de casa, pois é grande”, conta. Silvia Oliveira, por outro lado, opta por uma alternativa distinta, mas também bastante habitual. “Enterramos em um terreno baldio localizado nas imediações da minha casa“, admite.

Segundo relata Marcos César Costa Nunes, médico veterinário que atua numa clínica, quando o animal morre ou sofre eutanásia, deixa à escolha do proprietário. “Na clínica possuo um freezer onde acondiciono os animais em óbito. O serviço de coleta é feito pela prefeitura, e vai junto com a coleta de lixo contaminado. Não sabemos o destino. Este serviço não tem custo para o proprietário. E a coleta é realizada três vezes por semana”, detalha Nunes. O profissional diz que existe um serviço especializado em cremação de animais realizado por uma empresa da cidade de Campinas. “Se o cliente optar por este serviço, eles retiram o animal na clínica e, posteriormente, enviam as cinzas para o endereço desejado”, informa.

Geraldo Wiechmann, também veterinário e dono de uma clínica, revela que, quando os animais morrem, o serviço de coleta é acionado, realizam a retirada e encaminham para ulterior incineração. “Eles são terceirizados pela prefeitura, mas nós pagamos uma taxa mensal por este serviço”, explica. Wiechmann conta que geralmente os tutores deixam os animais na clínica devido às dificuldades quanto a locais para enterrá-los. “O ideal seria a cidade ter um cemitério para animais”, sugere o especialista.

Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a prefeitura afiança que mantém serviço para recolhimento de carcaças de animais de pequeno porte. Os tutores e clínicas podem solicitar a retirada pelo telefone 99889-3649. “A remoção e destinação adequada são feitas pela empresa Spericycle Gestão Ambiental Ltda., que mantém contrato com a prefeitura para esse serviço”, destaca. Com relação ao descarte inadequado de animais mortos, assegura que qualquer pessoa flagrada comete crime ambiental e está sujeita a sofrer penalização.

Quanto às clínicas veterinárias, orienta que, para a solicitação do serviço, é preciso que haja registro na prefeitura e nos órgãos sanitários. Entretanto, alega ser necessário o pagamento de uma taxa anual por coleta de resíduos, uma vez que outros tantos são gerados. Aos munícipes que precisem acionar a recolha, garante não haver custos.

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