Região central de Rio Claro concentra maior número de pessoas em situação de rua, sobretudo, no Jardim Público

Região central de Rio Claro concentra maior número de pessoas em situação de rua, sobretudo, no Jardim Público

Quantidade de pessoas em situação de rua cresceu na cidade. Muitos são de fora. Comitê e campanha são anunciados para iniciativas voltadas para essa população 

A Prefeitura de Rio Claro instituiu um novo comitê que vai integrar os servidores municipais para a efetivação do acompanhamento do trabalho voltado para as pessoas em situação de rua no município. Decreto assinado pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) instituiu o comitê intersetorial de acompanhamento e monitoramento do trabalho contemplando representantes dos órgãos municipais da Assistência Social, Saúde, Serviços Públicos e Segurança e Defesa Civil.

Até julho de 2023 eram cerca de 110 pessoas nesta condição, segundo informações da Prefeitura na época. Pelo último levantamento de dezembro de 2024, o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) mapeou 380 pessoas em situação de rua. Esse número abrange pessoas que estão em Rio Claro, como pessoas que apenas passaram por Rio Claro. Um aumento de 245%.

Este comitê terá como função analisar as legislações vigentes, além do acompanhamento de dados diagnósticos para a efetividade dos atendimentos a serem prestados. Há anos que a população rio-clarense vem percebendo o aumento na quantidade dessas pessoas em situação de rua nos bairros, sobretudo na região central, principalmente no Jardim Público. Muitas dessas pessoas também são usuárias de drogas ou alcoólatras, o que as tornam agressivas por diversos fatores – o que faz com que os demais cidadãos reclamem e cobrem por soluções.

De acordo com a titular da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, a secretária Carol Gomes, é preciso que a população entenda a importância do trabalho. “Muitos acham que é apenas caso de assistência social, e não é. As pessoas em situação de rua também remetem à saúde pública, principalmente quando tratamos de Rio Claro, que é uma questão de álcool e drogas”, aponta.

Ainda segundo a secretária, “no projeto ‘A esmola acaba quando o direito começa’ tivemos uma diminuição considerável na quantidade de pessoas nas ruas, mas teve que parar por conta da época da eleição. Virou uma proposta do prefeito Gustavo e vamos retomá-la, ainda mais lapidada. Para que a gente consiga acessar essas pessoas em situação é preciso que a esmola acabe. É uma campanha de conscientização para a sociedade”, finaliza.

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