A Polícia Civil esclareceu um homicídio que foi registrado recentemente em Ipeúna e prendeu um casal em Corumbataí. Em um rápido e preciso trabalho investigativo foi possível chegar até dois envolvidos na morte de José Carlos Alves de Oliveira, 55 anos. No dia 26 de janeiro o corpo dele foi encontrado semienterrado e com um braço arrancado em um sítio onde ele era caseiro.
Na manhã desta terça-feira (4) foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra um casal em Corumbataí. No local foram inclusive apreendidas uma camisa polo e um par de tênis que foram utilizadas pelo homem de 34 anos no delito conforme imagens de câmeras obtidas ao longo da investigação.
Em depoimento a companheira, que também foi presa, afirmou que no dia 23 de janeiro foi em um bar em Ipeúna com o marido e que lá encontraram a vítima que já estava no local. Que não se conheciam mas passaram a beber juntos e a conversarem. Que em determinado momento José Carlos teria colocado a mão nas costas dela, fato que o marido não gostou e por isso chamou o recém-conhecido de “talarico” e o assunto encerrado seguindo o trio bebendo.

Após um tempo a mulher relatou que José Carlos os convidou para irem até a propriedade em que ele era caseiro a fim de mostrar uns porcos que estavam a venda e os convidou para jantar no local. O casal aceitou e já na propriedade a mulher fez um jantar para o marido e José Carlos e após a refeição foi questionada pelo companheiro que desconfiou que ela estaria ‘dando em cima’ de José Carlos. Ela negou mas teria sido foi agredida com tapas e teve a cabeça batida na parede. Ainda segundo a mulher José Carlos pediu que o homem não fizesse aquilo e ele então não gostando de ser repreendido disse que iria embora mas antes pediu para que José Carlos fosse com ele pegar uns ovos.
Foi neste momento, segundo a mulher, que o companheiro passou a mão em um facão e viu que começou uma discussão com José Carlos e escutou barulho de ossos quebrando não sabendo ao certo que estava acontecendo. Afirmou que tentou fugir do local mas foi impedida pelo marido que mandou ela ficar dentro de casa e retornou apenas 40 minutos. Que deixaram a propriedade e que no dia seguinte o companheiro contou para ela que havia matado José Carlos e que não procurou a polícia para contar com medo do companheiro que a ameaçou dizendo que a enterraria igual fez com a vítima.

Relembre o caso
José Carlos Alves de Oliveira, 55 anos, estava em decúbito dorsal, com um dos braços mais para fora do solo e o outro arrancado ao lado. O proprietário do sítio prestou depoimento e afirmou que a vítima havia pedido moradia no local em troca de cuidar da casa e alimentar a criação de porcos e galinhas.
Peritos encontraram na varanda da casa três objetos (dois machados e um facão) com manchas de sangue. Já dentro do imóvel havia desordem, estando uma das gavetas do quarto arrancada e revirada. O responsável pela propriedade declarou também que deu por falta de uma motoserra e uma roçadeira.
Em depoimento, um amigo do proprietário afirmou que passou no sítio na sexta-feira, dia 24 de janeiro e que já não havia encontrado com José Carlos e que a última vez que o viu foi na quarta-feira (22). O crime pode ter acontecido entre essas datas já que o corpo apresentava estado avançado de decomposição e no período da noite já que luzes estavam acesas tanto dentro da casa como em um poste.