Sidney Navas

Médico diz que é importante o selo do Inmetro que atesta a qualidade dos brinquedos
Médico diz que é importante o selo do Inmetro que atesta a qualidade dos brinquedos

Pode até não parecer, mas às vezes alguns brinquedos, ao invés de divertir, podem representar um grande perigo para a criançada. O médico pediatra Álvaro Camarinha, que há tempos liderou uma campanha de conscientização voltada aos pais, diz que acidentes do tipo, principalmente com as crianças da faixa etária de 1 a 3 anos, ainda são comuns. “Peças pequenas demais podem se soltar com facilidade e provocar uma asfixia. Os pais precisam ficar atentos e vigiar seus filhos”, comenta.

Segundo ele,o ideal é sempre comprar produtos com o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). “Evite adquirir brinquedos sem procedência ou aqueles encontrados no camelô. Não há garantias de segurança nesses casos”, enfatiza o pediatra. Camarinha também ressalta que a tinta usada nos produtos pode ser tóxica e acarretar problemas de saúde. “Toda a atenção é pouca e por isso nenhum detalhe pode ser deixado de lado. É de suma importância ainda presentear a garotada de acordo com a faixa etária. Os fabricantes, via de regra, estipulam essas regras justamente para evitar ocorrências desagradáveis”, completa.

De acordo com o Inmetro, os brinquedos nunca devem ter pontas ou extremidades cortantes e partes ou peças pequenas que possam se desprender com facilidade e provocar acidentes. Não podem ser fabricados ou pintados com material tóxico, uma vez que as crianças costumam desmontá-los, colocando-os, geralmente, na boca, no nariz e nos ouvidos, aumentando a probabilidade de riscos de asfixia, inalação ou intoxicação por via oral, o que pode transformar os brinquedos em verdadeiras armadilhas, se não forem bem projetados para a faixa etária à qual se destinam.

No ato da compra é imprescindível exigir o selo de identificação da conformidade ou selo de certificação. Ele demonstra que o produto atenta a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos. O órgão ligado ao governo federal destaca que não se deve comprar produtos no comércio informal, mas sim no comércio legalmente estabelecido. Os produtos comprados no comércio informal, geralmente mais baratos, na quase totalidade dos casos são produtos irregulares, falsificados e, apenas como exemplo, podem conter substâncias tóxicas na sua composição.

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