Estação de Tratamento de Água (ETA2) de Rio Claro

Adriel Arvolea

saneamento básico
Numa análise local, Rio Claro se mostra eficiente na prestação de serviços relacionados, por exemplo, ao tratamento do esgoto?

Realizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 terá como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, com foco no saneamento básico, desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos. De acordo com dados divulgados pelo Conic, mesmo entre as maiores economias do mundo, o Brasil possui mais de 100 milhões de pessoas sem saneamento básico.

Numa análise local, Rio Claro se mostra eficiente na prestação de serviços relacionados, por exemplo, ao tratamento do esgoto? Em 2007, o município tinha apenas 12% de todo seu esgoto tratado. Hoje, com a construção e início de operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Conduta, esse índice é de 55%. As informações são da concessionária Odebrecht Ambiental, que assumiu os serviços de coleta, afastamento e tratamento de esgoto no município. Contratada para operar o sistema existente de coleta e tratamento de esgoto e executar as obras e ampliações necessárias, a empresa tem investido na readequação e na construção de Estações de Tratamento de Esgoto.

A concessionária é diretamente responsável pela operação das ETEs Conduta, Flores, Palmeiras e também dos distritos de Ajapi, Ferraz, Batovi e Assistência. Todas com alta eficiência, superiores a 90% de remoção de carga orgânica. E há, ainda, outras dez Estações Elevatórias de Esgoto (sete delas construídas pela concessionária). Na contramão do cenário nacional em que se encontram paralisados os avanços no saneamento, em Rio Claro, cerca de R$ 90 milhões de reais foram investidos pela concessionária nos últimos anos nos serviços de esgotamento sanitário.

 “Embora nem sempre percebido pela população pelo fato das redes serem enterradas e as estações de bombeamento e de tratamento ficarem, geralmente, em locais mais afastados da área urbana, todo o sistema de esgotamento sanitário requer um amplo e contínuo trabalho que resulta em melhorias para a saúde pública, responsabilidade ambiental e qualidade no serviço prestado”, destaca a diretora da concessionária, Paula Violante.

E a meta de 100% de esgoto tratado será alcançada em 2016? De acordo com a Odebrecht, a universalização dos serviços de esgotamento sanitário será alcançada em Rio Claro com a conclusão do Programa de Despoluição do Córrego da Servidão, previsto para ocorrer em 2016. Este programa consiste na construção de 21 km de rede coletora, coletor-tronco e emissários – obra de bastante complexidade executada entre 2013 e 2014 e já concluída –, além da construção de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto, a ETE Jardim Novo.

Entre as conquistas alcançadas por Rio Claro com os serviços de esgotamento sanitário desenvolvidos pela Odebrecht Ambiental, também ocorreu a despoluição do Ribeirão Claro. O manancial que dá nome à cidade encontra-se, atualmente, livre de esgoto e, de acordo com pesquisa científica, já com o regresso da ictiofauna (conjunto de peixes) da região.

Rio Claro já tem o serviço de coleta de esgoto universalizado, o que significa que todos os domicílios da área urbana do município são atendidos por tal serviço. Dessa maneira, diferente da maioria dos municípios brasileiros, o esgoto encontra-se afastado da população, resultando em importantes ganhos em saúde pública. Vale lembrar que a ausência de coleta e tratamento de esgoto está relacionada a doenças como hepatite, poliomielite, cólera, esquistossomose, entre outras.

Problemas

Nem tudo são ‘flores’ no funcionamento do sistema. O descarte irregular de resíduos na rede de esgoto pode provocar entupimentos, causando transtornos para a população na forma de retorno do esgoto nos imóveis e extravasamentos de esgoto pelos PVs (poços de visita) nas ruas. Também, o lançamento de água de chuva junto à rede de esgotamento, realizada por parte dos imóveis do município, de forma incorreta, sobrecarrega a mesma e pode gerar perda da eficiência no tratamento, colocando em risco o sistema, já que a rede coletora é projetada para receber apenas os dejetos e encaminhá-los para as estações de tratamento de esgoto, que devolvem a água limpa para o meio ambiente.

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