Jovens fazem tumulto nas noites de sábado no terminal urbano na antiga Estação Ferroviária. Imagens foram gravadas pelas câmeras dos ônibus do transporte coletivo (Reprodução vídeo)

Ednéia Silva

A promessa do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Rio Claro foi cumprida. Sem apoio de viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM), os ônibus pararam de circular mais cedo no sábado à noite. Os veículos que saíram depois das 21h30 do terminal urbano na antiga Estação não retornaram ao local. O sindicato promete repetir a ação no próximo sábado, caso nenhuma providência seja tomada pelas autoridades.

A informação foi divulgada nessa terça-feira (3) pelo presidente do sindicato, Waldemar Neuton da Silva, no programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan News. De acordo com ele, os problemas causados pela aglomeração de jovens na estação vêm ocorrendo há algum tempo, mas ultimamente se agravaram.

Silva conta que as autoridades foram notificadas, mas nenhuma providência foi tomada para garantir a segurança de motoristas, cobradores, usuários e demais pessoas que circulam pelo terminal que, segundo ele, foi transformado em “praça de guerra”. A pé ou de bicicleta, os adolescentes invadem a Rua 1 e o terminal, sobem nos bancos, se penduram nos ônibus, fecham a rua, entre outros atos de vandalismo. O sindicato afirma inclusive que há consumo de bebida alcoólica entre os jovens.

Jovens fazem tumulto nas noites de sábado no terminal urbano na antiga Estação Ferroviária. Imagens foram gravadas pelas câmeras dos ônibus do transporte coletivo (Reprodução vídeo)
Jovens fazem tumulto nas noites de sábado no terminal urbano na antiga Estação Ferroviária. Imagens foram gravadas pelas câmeras dos ônibus do transporte coletivo (Reprodução vídeo)

Como não há polícia para coibir as ações, eles se sentem “donos do pedaço”. O presidente criticou ainda a construção da ciclofaixa dentro do terminal de ônibus. Conforme ele, o espaço é pequeno para os veículos e com a ciclofaixa a situação piora. Os jovens param as bicicletas no local, muitas vezes na contramão, e desafiam os ônibus aumentando o risco de acidentes. “É uma situação de risco. Se acontecer um acidente mais grave e um motorista atropelar um adolescente, com certeza será linchado”, diz.

Silva critica a falta de segurança, mesmo diante da solicitação feita pela entidade às autoridades. No sábado ele foi até a estação e segurou a partida dos veículos até as 21h30. Como nenhuma viatura apareceu, ele liberou os carros com aviso para que não retornassem ao terminal. Ele informa que o mesmo expediente será adotado no próximo sábado (7), caso nenhuma providência seja tomada pelas autoridades para garantir a segurança do local.

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O comandante da GCM, Wlademir Walter, informou que a corporação, juntamente com a Força Tática da PM, fizeram operação na Rua 1 na noite de sábado. Segundo ele, no sábado retrasado a ação também aconteceu. Walter comenta que as operações são feitas dentro das possibilidades da corporação.

Para ele, os agentes de segurança podem minimizar o problema, mas a solução demanda o envolvimento de outros setores do município, como Ministério Público, Conselho Tutelar etc. O comandante reconhece que os jovens têm direito à diversão, mas esse tipo de tumulto não se enquadra na definição. Para ele, se os adolescentes forem impedidos de ficar na Rua 1, vão se deslocar para outro local. O comandante ressalta que os pais têm papel fundamental na solução do problema, pois podem educar e orientar os filhos.

O áudio completo com a entrevista pode ser conferido clicando no player abaixo.

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