O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nessa quarta-feira (27) a renovação antecipada da concessão da Malha Ferroviária Paulista à empresa Rumo Logística por mais 30 anos. Com isso, a vigência da administração do trecho que liga Estrela d’Oeste ao Porto de Santos, litoral do estado, passando por Rio Claro, salta de 2028 para 2058. A informação foi confirmada pela empresa ao prefeito João Teixeira Junior (DEM), que informou à reportagem do JC.

Em contrapartida à renovação, a empresa Rumo investiria cerca de R$ 7 bilhões em obras de modernização e ampliação da malha, que vão ajudar na resolução de conflitos urbanos nas 33 cidades paulistas que são atravessadas pela ferrovia, com previsão de gerar 131 mil empregos. Somente em Rio Claro, segundo a Prefeitura Municipal, o investimento poderá chegar a R$ 386 milhões e contemplará a transferência das oficinas ferroviárias da região central para o Jardim Guanabara.

“Efetivamente estamos a um passo de concretizar um sonho de Rio Claro, que é a transferência das oficinas. Foi um movimento envolvendo vários prefeitos, temos que comemorar muito. Serão muitos empregos gerados na região”, declarou Juninho da Padaria, recordando que a Câmara Municipal aprovou há alguns meses o projeto de lei que altera o Plano Diretor e modifica o zoneamento da área na região sul prevista para receber as oficinas. “É um ganho muito grande para a Malha Paulista. Vai movimentar a nossa economia e da região”, completa.

No mês de outubro, o prefeito e o presidente do Legislativo, André Godoy (DEM), estiveram junto ao ministro relator do processo no TCU, Augusto Nardes, em Hortolândia, para discutir o assunto da então possível renovação ao lado dos prefeitos daquela cidade e de Sumaré.

Conforme o JC noticiou no ano passado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi favorável à renovação. Na época, a Rumo informou que aprovação pelo Tribunal de Contas da União representaria etapa fundamental para a conclusão do processo. No mês de março, a concessionária venceu o leilão promovido pelo Governo Federal para a operação da Ferrovia Norte-Sul, que liga o Porto Nacional, no Tocantins, a Estrela d’Oeste, em São Paulo [onde tem início a Malha Paulista], pelo lance de R$ 2,719 bilhões num prazo de concessão que chegará a 30 anos.

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