O Teste da Orelhinha é indolor e constitui-se de uma sonda que emite sons e faz a leitura da resposta que o ouvido dá a eles

Fabíola Cunha

O Teste da Orelhinha é indolor e constitui-se de uma sonda que emite sons e faz a leitura da resposta que o ouvido dá a eles
O Teste da Orelhinha é indolor e constitui-se de uma sonda que emite sons e faz a leitura da resposta que o ouvido dá a eles

Conhecida popularmente como Teste da Orelhinha, a Emissão Otoacústica é obrigatória em todo o país e fundamental para detecção precoce de problemas auditivos. A Lei Federal nº 12.303/2010 tornou obrigatória e gratuita a realização do exame e espera-se que todos os hospitais e maternidades do Brasil ofereçam o teste.

Segundo o otorrinolaringologista Helio Epiphânio, “os hospitais normalmente são obrigados a fazer, mas, quando não tiver, o hospital é obrigado a determinar o otorrino ou fonoaudióloga que faça este exame”, ou seja, é um direito da família ter esse teste feito ou marcado quando sai do hospital após o nascimento, não sendo necessário que os pais procurem por conta própria um especialista.

Epiphânio explica que o teste melhorou muito o tratamento de anormalidades auditivas: “Antigamente, as crianças chegavam com 2 ou 3 anos, com alteração acentuada e atrofia por falta de uso, de estímulo, e esses meses iniciais são muito importantes para o desenvolvimento do órgão de audição”.

Atualmente, quando o primeiro teste identifica problemas, é preciso seguir um protocolo que pode ou não resultar em uso de aparelhos auditivos. O médico explica que o processo pode ou não recuperar totalmente a audição da criança, mas é essencial que seja feito para que haja chance de melhora.

“Temos casos aqui em Rio Claro de crianças que nasceram e os testes iniciais apontaram problemas, os seguintes pontaram problemas, mas com trabalho em dois anos essa criança recuperou totalmente a audição. Agora, se você não fizer nada, haverá atrofia dos centros de integração da fala e aí com isso alterado não há recuperação”, alerta o médico.

Ele reforça que Rio Claro foi uma das cidades pioneiras em oferecer o tratamento mais avançado, assim como São Paulo foi o estado pioneiro.

Em 2004 uma portaria do Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, para atendimento integral de pessoas com deficiência auditiva, oferecendo ações de promoção da saúde, prevenção e identificação precoce de problemas auditivos, tratamento clínico e reabilitação com o fornecimento de aparelhos de amplificação sonora e terapia fonoaudiológica pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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