Obra realizada na Avenida Visconde do Rio Claro foi para despoluir o Córrego da Servidão e eliminar o mau cheiro na via, e não um trabalho antienchente

Adriel Arvolea

Obra realizada na Avenida Visconde do Rio Claro foi para despoluir o Córrego da Servidão e eliminar o mau cheiro na via, e não um trabalho antienchente
Obra realizada na Avenida Visconde do Rio Claro foi para despoluir o Córrego da Servidão e eliminar o mau cheiro na via, e não um trabalho antienchente

A recente obra realizada na Avenida Visconde do Rio Claro, principal via de acesso do município, tem por finalidade conter enchentes ou eliminar o mau cheiro no acesso? Essa é uma dúvida, ainda, de parte da população, que entende ser um trabalho para conter o volume d’água, situação evidenciada nos dias de chuva.

Esclarecendo o equívoco, a Odebrecht Ambiental, responsável pelos serviços de coleta e tratamento de esgoto na cidade e, também, pela obra, afirma que os trabalhos que foram executados nas Avenidas Tancredo Neves, Visconde do Rio Claro e Brasil, fazem parte do Programa de Despoluição do Córrego da Servidão.

“O Programa de Despoluição do Córrego da Servidão é um projeto estabelecido no contrato de PPP (Parceria Público Privada), firmado entre a Odebrecht e a administração municipal. Como o próprio nome diz, ele tem o objetivo de despoluir o Córrego da Servidão, retirando o esgoto anteriormente lançado nesse curso d´água”, explica a assessoria da concessionária.

De acordo com a Prefeitura de Rio Claro, o problema de drenagem pluvial na cidade vem de décadas e não há relação entre as obras para acabar com o mau cheiro na Visconde e obras para acabar com as enchentes, que se trata de um problema de drenagem e não de canalização de esgoto.

“O problema de enchentes na Avenida Visconde só será solucionado com uma grande obra para o escoamento das águas da região dos bairros Vila Martins, Jardim América e Distrito Industrial, numa canalização que seguiria pela antiga linha férrea até o córrego Olinda, desaguando no rio Corumbataí”, esclarece a administração.

Trata-se de uma obra que exige alta soma de recursos, o que já ocorreu com a obra para acabar com as enchentes na região do bairro Inocoop, um dos pontos mais graves de inundação na cidade. A Prefeitura, que providenciou o plano de macrodrenagem, já estabeleceu contatos com o Ministério das Cidades na tentativa de viabilizar a execução dos projetos necessários.

Quando a obra de despoluição do Córrego da Servidão foi entregue, o prefeito Du Altimari afirmava que a realização do projeto foi um grande desafio. “Tivemos de rasgar a Visconde de fora a fora para instalar a tubulação, mas valeu a pena o sacrifício dos motoristas e a colaboração dos moradores e comerciantes da região”, afirma. “Agora, a Avenida Visconde está mais bonita, sem mau cheiro e o córrego vai ficar livre da poluição”, completa.

Com as obras, o esgoto que era despejado no córrego da Servidão passou a ser coletado pela tubulação de aproximadamente 21 quilômetros, que vai da Avenida Brasil até a ETE Jardim Novo, abrangendo também toda a extensão das avenidas Visconde e Tancredo Neves. Nestas duas avenidas, o esgoto corria misturado às águas do córrego nas galerias sob o asfalto.

A despoluição do córrego da Servidão, também, inclui a construção de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) no Jardim Novo, obra já iniciada. Além de acabar com o mau cheiro na Visconde e na Tancredo Neves, as obras, que têm investimentos que ultrapassam os R$ 60 milhões, permitirão ao município de Rio Claro alcançar a universalização dos serviços, ou seja, ter todo o esgoto coletado e tratado, o que será conseguido quando a ETE Jardim Novo estiver concluída.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.