A primeira semana do mês de novembro vai se encerrando com um novo peso no bolso do consumidor: mais uma alta no gás de cozinha (o 9º somente este ano – veja tabela ao lado). A mudança no valor ocorreu no último dia 1º e foi divulgada pela Petrobras na quarta-feira (4).

Para a dona de casa Wilma Aparecida Sarro, que é aposentada, o dinheiro recebido não tem acompanhado tantas altas: “Para comprar a comida no supermercado está tudo caro, depois para cozinhar a comida também está cara, pois dependemos do gás. Já teve mês que o gás subiu duas vezes. Queria eu que a minha aposentadoria subisse também”, afirmou.

Já para Celso Rossi, proprietário de uma revendedora de gás de cozinha no bairro Vila Industrial, este é o ano mais difícil desde que iniciou as atividades no setor em 1989: “Sem dúvida 2020 vai entrar para a história de quem trabalha nesta área. Além da pandemia em que enfrentamos uma série de dificuldades, o nosso percentual de lucro está baixíssimo. Se fosse para colocar no papel todas as despesas que temos mais o reajuste, o preço seria muito mais alto. Muitos consumidores encaram a gente como vilões, mas na verdade somos tão vítimas quanto. Existe uma cadeia por trás de tudo isso que passa pelo governo federal, Petrobras e distribuidores até chegar a nós, revendedores. Antigamente o normal eram dois reajustes ao ano. De maio até agora foram nove. Depois que se começou a comparar com preços internacionais, tudo ficou mais complicado. Aqui no Brasil vivemos um efeito cascata. Quando o dólar sobe, o preço do gás sobe. Quando o dólar cai, o preço aqui não diminui. Se o dólar volta a subir, a alta acontece novamente e assim estamos vivendo, ou melhor, sobrevivendo”, disse Rossi.

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