Da Redação

carteira trabalho

O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Rio Claro, composta por sete municípios, apresentou resultado negativo em março. A variação ficou em -0,25%, o que significa redução de 150 postos de trabalho. O índice foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Máquinas e Equipamentos (-2,38%); Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-1,02%); Produtos de Minerais Não Metálicos (-0,61%) e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-0,61%), que são os que mais influenciam o cálculo do índice total da região. Quando comparados os meses de março nos anos de 2013 e 2014, o cenário é, ainda, pior: no ano passado, o resultado foi positivo em 1,05%.

Nos primeiros três meses do ano, a indústria paulista criou 20 mil vagas de trabalho, com uma variação absoluta positiva em 0,78%, mas no acumulado de 12 meses, ou seja, março deste ano versus março de 2013, o setor manufatureiro paulista fechou 50,5 mil postos de trabalho, o equivalente a taxa negativa em 1,9%, segundo levantamento do Ciesp. “Eu diria que, pelo seu significado, os [resultados] negativos falam mais do que os positivos. E falam coisas ruins com relação à expectativa futura”, alerta explica Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp.

A Pesquisa de Nível de Emprego da Fiesp e do Ciesp apontou que o desempenho da indústria paulista no primeiro trimestre do ano é bem semelhante à performance de 2006, início da série histórica, e só supera a trajetória de 2009 e 2012. Das 22 atividades consultadas pela pesquisa, 11 apresentaram baixa no emprego, 10 computaram alta e uma ficou estável. Na leitura mensal, o segmento que mais demonstrou baixa performance no mercado de trabalho foi o de Máquinas e Equipamentos, com queda de 1,2%. Já o setor de Coque, Petróleo e Biocombustíveis avançou 6,9% em março contra fevereiro deste ano.

No ano, o emprego na indústria de Impressão, Reprodução de Gravações foi o que mais caiu com variação negativa de 2,6%, enquanto o setor de Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Óticos foi o que mais contratou, com alta de 7,3%, em relação aos mesmo período do ano anterior.

O levantamento das entidades apurou ainda que das 36 regiões avaliadas, 19 mostraram alta, 15 anotaram baixa e duas ficaram estáveis. A região de Araçatuba registrou alta de 3,10% no emprego, puxada pelos setores de Coque, Petróleo e Biocombustíveis (6,84%) e de Produtos Alimentícios (4,72%).

Outra região com concentração de usinas de açúcar e álcool, Sertãozinho também foi destaque entre os comportamentos positivos com variação de 3,01%, motivado pelos setores Produtos Alimentícios (9,65%). Jaú também registrou alta, a 2,29% influenciado por Coque, Petróleo e Biocombustíveis (8,27%) e Produtos Alimentícios (4,66%).

Baixas

No âmbito das baixas, São Caetano do Sul foi destaque com -2,07%, pressionado pela redução de pessoal na indústria de Veículos Automotores e Autopeças (-3,41%) e de Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-2,99%).

O emprego em Piracicaba caiu 1,53% com perdas em Produtos Alimentícios (-1,82%) e Veículos Automotores e Autopeças (-0,95%). E o quadro de funcionários nas empresas de Diadema também foi reduzido, em 1,02%, em meio a perdas nos segmentos de Produtos de Borracha e de Material Plástico (-5,43%) e Máquinas e Equipamentos (-1,70%).

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