A retirada de uma torre de navegação aérea em Rio Claro chamou a atenção de alguns moradores que passaram próximo ao Aeroclube no último mês. O fato levantou o questionamento sobre o motivo de a torre ser retirada e também sobre o que estaria sendo feito no local.

Luis Augusto Moreira é tesoureiro do Aeroclube de Rio Claro e esclareceu a retirada da torre: “Trata-se de uma torre de NDB (também chamada de “Radiofarol não Direcional”). É um equipamento utilizado como apoio em navegações aéreas, que envia ondas de rádio que são captadas pelas aeronaves e, com isso, mostra a localização do aeródromo. Por exemplo, uma aeronave que esteja em Pirassununga pode sintonizar a frequência emitida pelo NDB de Rio Claro e, com isso, obter a direção que o avião precisa seguir para chegar a Rio Claro. Com o avanço da tecnologia, o sistema de navegação foi bastante aperfeiçoado, de forma que o NDB passou a ser muito pouco utilizado. Hoje há sistemas muito mais modernos, como o próprio GPS”.

Ou seja, a torre de navegação de Rio Claro foi retirada do local por uma questão de adequação tecnológica, em função do aprimoramento dos sistemas de navegação aérea.

Esta atualização, porém, não é exclusividade de Rio Claro. “Em função da obsolescência, em 2013, o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) iniciou um programa de desativação gradual dos NDBs em diversas localidades. Por esse programa, o NDB em Rio Claro já deveria ter sido desativado e desmontado em janeiro de 2018. Embora ninguém mais o utilizasse, apenas recentemente foi feita a desmontagem da antena”, explica Luis Augusto Moreira.

De acordo com o tesoureiro do Aeroclube, o NDB realmente se tornou obsoleto e caiu em desuso, por isso foi investido em novas tecnologias. Atualmente, são utilizados outros sistemas, tais como VOR e GPS que, segundo Luis Augusto Moreira, são tecnologias bem mais confiáveis e precisas que o NDB.

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