De acordo com Padre Pedroso este ano marca o início das celebrações de 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida

Lourenço Favari

Nesta segunda-feira (12), é comemorado o Dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Para falar um pouco sobre o data, o JC conversou com o pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, José Alves de Faria, conhecido entre a comunidade religiosa como Padre Pedroso.

Ordenado padre há 23 anos, Pedroso está a frente da paróquia em Rio Claro há seis anos. “Em agosto do ano que vem completo sete anos na paróquia”, contou.

De acordo com ele, a celebração dá início às comemorações de 300 anos de aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Este ano marca o primeiro triênio preparatório dos 300 anos, que deve contar com a presença do Papa Francisco em 2017. Quando Maria apareceu no Brasil, em 1717, no Vale do Paraíba, era um contexto de escravidão e sofrimento. Então ela surgiu como um sinal de libertação”, explica.

De acordo com Padre Pedroso este ano marca o início das celebrações de 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida
De acordo com Padre Pedroso este ano marca o início das celebrações de 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida

FESTA

Em Rio Claro, conforme já divulgado nas páginas do Jornal Cidade, está em andamento a Novena e Festa da Padroeira do Brasil. Neste sábado (10) e domingo (11), às 18 horas, acontecem as duas últimas celebrações com os padres Sebastião e Jucimar, respectivamente.

Na segunda-feira (12), serão realizadas missas às 3h30, 5h30, 7h30, 9h30, 11h30, 13h30, 15h30, 17h30 e 19h30. Cada celebração será feita por um padre diferente e o bispo Dom Fernando será responsável pela celebração das 17h30.

“A presença do bispo, bem como dos outros padres é muito importante. O bispo vem para a cidade representando o presbitério, a fé do povo, a comunhão da diocese e partilhar a nossa alegria nesta data”, enfatiza Pedroso ao lembrar que apenas três paróquias da Diocese de Piracicaba mantém o título de Nossa Senhora Aparecida e Rio Claro é uma delas.

Padre Pedroso só não estará presente na primeira missa, às 3h30, pois estará em vigília em Santa Bárbara. As outras celebrações marcadas para o mesmo dia contarão com a presença do pároco, que acompanha os padres convidados.

COMUNHÃO

Muitos fiéis tem dúvidas se podem ou não comungar em todas as celebrações que vão acontecer no dia 12. O padre explicou que não há restrições quanto ao número de vezes, mas orientou que as pessoas orem por outras pessoas. “Pode comungar quantas vezes quiser, em todas as missas, desde que coloque na sua comunhão os doentes, idosos, família, saúde, o Papa, os pecadores. É importante rezar para os diferentes e não apenas para os iguais. Comungar só para si não tem sentido. E como Maria é a mãe de todos os povos, as pessoas podem rezar para todos também”, esclarece.

PAPA

Para Pedroso o Papa Francisco é o papa da misericórdia. “No contexto histórico atual, ele veio fortalecer a esperança de uma igreja melhor, uma sociedade melhor”, comenta.

O padre reconhece o êxodo de fiéis da igreja católica e coloca como motivo os pecados da instituição. “Há uns 10 anos a igreja perdeu muitos fiéis por conta dos pecados da igreja, que pecou muito. Com entrada do Papa Francisco a igreja pediu perdão por seus pecados e os fieis estão retornando para nossa igreja”, reflete.

Questionado se o Papa é um reformista dentro da instituição, foi enfático: “Ele não é reformista, ele veio reforçar a fé católica”.

HOSPITAL

Pedroso destacou o apoio à campanha Pró-Hospital de iniciativa da comissão de leigos, da pastoral da saúde e que tem a frente o padre Antônio Sagrado Bogaz. “Toda iniciativa que é para o bem da cidade é bem aceita, pois é a missão da igreja”, diz.

POLÍTICA

Sobre o envolvimento da igreja com a política, o padre enfatizou que ambas devem estar próximas. “A igreja tem que estar próxima da política. Ela não pode militar por partidos. O partido da igreja é que todos os povos vivam em sua plenitude. Por isso, entre as atribuições da igreja está a missão de mobilizar, conscientizar e fazer com que todas as pessoas tenham discernimento. Não tem como separar igreja e sociedade”, garante.

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