Instalado no antigo solar do Barão de Dourados, o prédio foi construído no ano de 1863

Adriel Arvolea

Em 18 de maio, comemora-se o Dia Internacional do Museu. O objetivo é a valorização dos espaços de memória e cultura no país, a ampliação da relação dos museus com a sociedade, assim como o aumento do público visitante. Neste ano, o tema definido para reflexão da data é “Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus”.

De acordo com o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), “a vida social recupera a dimensão humana que se esvai na pressa da hora por meio dos museus. As cidades encontram o espelho que lhes revele a face apagada no turbilhão do cotidiano. E cada pessoa acolhida por um museu acaba por saber mais de si mesma”, avalia.

No entanto, essa memória esteve ameaçada em Rio Claro. Na madrugada de 21 de junho de 2010, um incêndio, com labaredas de 15 metros de altura, atingiu o Museu Histórico e Pedagógico ‘Amador Bueno da Veiga’, um dos cartões-postais da cidade. Foram necessários 100 mil litros de água para controlar as chamas que destruíram parte da estrutura, segundo o Corpo de Bombeiros.

Em julho daquele ano, a administração municipal anunciou o empréstimo de R$ 3,9 milhões, concedido pelo Ministério do Turismo, para a recuperação do patrimônio. Em 2011, o conservador e restaurador Antônio Luís Ramos Sarasá Martin, responsável pelos trabalhos, havia estimado que os serviços de recuperação teriam início em janeiro de 2012 com término previsto para dezembro do mesmo ano. Desde então, o prédio permanece fechado para as obras de restauro.

A Secretaria Municipal de Cultura informa que a obra encontra-se em execução. O projeto de reconstrução inclui obras internas de restauro e externas que não foram iniciadas, como um teatro de arena e projeto paisagístico.

“A fase atual abrange instalação de janelas, assoalho e acabamentos em alvenaria. Neste ano, houve prorrogação do contrato com a empresa Sarasá, que vem realizando o restauro do prédio. Não há previsão para conclusão da obra”, explica em nota.

O museu foi inaugurado no governo Álvaro Perin em 1971. Após sete anos do incêndio, aguarda-se a reabertura do espaço.

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