Momento em que policiais abordaram os investigados na via em sentido a Piracicaba

Carine Corrêa

Momento em que policiais abordaram os investigados na via em sentido a Piracicaba
Momento em que policiais abordaram os investigados na via em sentido a Piracicaba

Um clima de tensão permeia os setores policiais desde a última sexta-feira, dia 20. Isso porque o empresário Reginaldo Lucca procurou o Ministério Público de Rio Claro (MP) para denunciar um caso de extorsão que sofreu por dois investigadores da Polícia Civil. “Fui abordado na sexta por volta das 13h. Os dois policiais ordenaram que eu pagasse R$ 10 mil, caso contrário forjariam um flagrante de tráfico de drogas”, disse.

Reginaldo conta que, coagido, aceitou o pagamento, mas fez contato com o MP e fingiu aceitar o acordo. O boletim de ocorrência da PM detalha que policiais da Força Tática foram acionados para comparecer ao Fórum por volta das 17h do mesmo dia.

O apoio policial foi solicitado pelo promotor de Justiça Gilberto Porto Camargo. O registro da polícia descreve que a PM abordaria os investigadores no momento da entrega do dinheiro. O local combinado foi um posto de combustíveis próximo à Rodovia Washington Luís (SP-310).

Inicialmente seriam entregues R$ 1 mil aos investigadores. Reginaldo diz que “combinou” que o restante seria entregue no sábado (21) e nessa segunda (23). Com orientação do MP, o empresário levou notas falsas para serem entregues aos policiais. O boletim de ocorrência confirma que a viatura ocupada pelos investigadores foi identificada como sendo da Polícia Civil. Eles fugiram assim que avistaram a PM, mas foram abordados na rodovia SP-127, sentido Piracicaba.

Uma nota oficial da Secretaria de Segurança Pública (SSP) encaminhada à Redação informou que os dois investigadores foram presos em flagrante, acusados de concussão e porte de entorpecente. “No mesmo dia foi decretada a liberdade provisória aos policiais pela Justiça. A Seccional instaurou inquérito para apurar os fatos. Os policiais responderão a processo administrativo pela Corregedoria.”

No MP, o processo segue sob acompanhamento do promotor André Vitor de Freitas. “Caberão ao Ministério Público as medidas judiciais cabíveis, se assim for entendido, e à polícia civil, igualmente, na esfera administrativa”, completou Adriano Marchi, presidente da Comissão de Segurança da OAB de Rio Claro.

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